Correio da Manha - Boa Onda

ERICA RODRIGUES “OFERECERAM-ME UM VOUCHER NUM MOTEL”

- POR ANA MARIA RIBEIRO

Atriz de `Morangos com Açúcar' e `Queridos Papás', ambos da TVI, diz que o mais difícil de trabalhar em televisão é a gestão do tempo – sempre demasiado curto

O melhor e pior de fazer novelas? A gestão do tempo. Quer durante o tempo de espera, quer na quantidade de cenas que se gravam. Ainda assim, prefiro ver o lado positivo da balança e não ceder à frustração.

Tem truques para decorar texto? Tenho memória fotográfic­a, o que ajuda. Decorar, para mim, é simples. A questão está no trabalho desse texto, nas intenções, no arco narrativo. Para isso não há truque senão estudar em casa.

Que ator conhece que mais improvisa?

Há um empate entre o João Craveiro e o João Cabral, deve ser do nome. Quando improvisam são bons a fazê-lo.

Que personagem marcante da história das novelas gostava que lhe tivesse ido parar às mãos?

Penso que é unânime: a Luiza Albuquerqu­e da novela ‘Ninguém Como Tu’ [da TVI]. Sendo que a Alexandra Lencastre faz a personagem de forma primorosa, é imbatível! A nível internacio­nal seria O Cadeirudo, da novela ‘A Indomada’. Adorava!

Que novela/série marca a sua infância/juventude?

‘Pedra sobre Pedra’ e ‘Mulheres de Areia’, a que assistia com a minha avó.

Um momento insólito em gravação? Estar a gravar num motel e acabar o dia com o gerente a oferecer-me um voucher com 100% de desconto para usufruir numa noite à minha escolha.

Vilão ou herói, qual lhe fica melhor? Acho que ambos, não tenho preferênci­a. Gosto de poder trabalhar o que me é proposto sem estar a criar à partida uma ideia de qual me assenta. Até porque tudo depende da abordagem que se faz e de como se constrói a personagem.

Flávia vai à Casa do Povo para tentar saber se Baptista vai fazer a festa da Senhora do Mar deste mês. O dono do café começa por lhe dizer que ela não é a única que teve um milagre levado a cabo pela Senhora do Mar. Nisto, mostra-lhe a imagem da santa a chorar lágrimas de leite achocolata­do. Flávia fica em choque e acaba por perguntar se sempre vai manter a festividad­e mensal. “Então não vai?! Isto este mês é que vai ser uma festa!”, diz. Flávia interpela-o sobre o facto de cobrar dinheiro na entrada. “Alto... Eu não faço isso. No máximo eu faço uma recolha de fundos. Tu sabes como funciona... É tudo grátis... mas se as pessoas quiserem deixar alguma coisinha para a caridade...”, diz, deixando Flávia preocupada, e volta a olhar para a santa. “O padre Filipe já sabe do milagre?”, pergunta

Flávia. Baptista fica tenso e nega. A mãe de Chico olha-o com reprovação e Baptista pede-lhe por favor para guardar segredo e não contar nada ao padre. “Acha mesmo que consegue esconder isto do padre Filipe?, diz incrédula. O dono do café pede-lhe para o deixar estar com a sua decisão.

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