Anti-Benfica, treinador, presidente
Visualizemos um daqueles lances junto à linha lateral em que um jogador sofre uma carga de ombro e sai disparado das quatro linhas, só estacando após embater nos painéis publicitários. Mas isto é um simples imaginemos, pois não há registo de que Rui Moreira tenha ficado lesionado após o ‘chega para lá’ de André Villas-Boas quando este manifestou a intenção de avançar com uma candidatura à presidência portista nas próximas eleições.
Villas-Boas tem tudo para dar certo. Para já, responde às alíneas tão caras aos sócios mais empedernidos. Primeiro, odeia o Benfica. Segundo, adora o seu clube.
A PRESIDÊNCIA É A NOVA
CADEIRA DE SONHO
DE VILLAS-BOAS
Com isto, ao qual se junta o seu passado de glória, a passadeira azul está estendida para um passeio triunfal.
Mas nada invalida alguma sensação de estranheza quando o Marselha vier jogar ao Porto. Ali, no banco, a treinar a equipa adversária, vai estar o futuro presidente do clube que defronta. Noutros tempos, com o estádio cheio, Villas-Boas seria aplaudido pelos adeptos azuis, acenaria com um breve sorriso para as bancadas e nunca, por nunca, se manifestaria contra o emblema do coração. Com as bancadas às moscas, a campanha eleitoral perde algum impacto, mas é a possível.
Tudo se conjuga para passarmos a ouvir o novo tema oficial do clube, o ‘SLB, SLB, filhos da p… SLB’, a ser cantado em uníssono pelo estádio antes de cada jogo, seja ele qual for.n