O dinheiro não explica tudo
OBenfica está fora da Champions, o Sporting e o Rio Ave caíram na Liga Europa e o FC Porto foi a Manchester perder. Os encarnados lá ganharam ao Lech Poznan, ainda que com mais dificuldades do que deviam, e o Sp. Braga bateu o AEK, num duelo em que o equilíbrio até existe. Falo da guerra dos milhões que nos faltam, da falta de competitividade das equipas nacionais lá fora, do sentimento de exigência que tem de aumentar. De jornalistas a adeptos. Os dirigentes têm de trabalhar de forma mais profissional, criteriosa e transparente. Porque também está aí uma das explicações para os flops nacionais. É óbvio que hoje uma equipa portuguesa, mesmo grande cá dentro, é bem mais pequena lá fora. Muito por culpa da globalização e do futebol-mercado instalado. Quando o FC Porto defronta o Manchester City não joga com uma equipa inglesa. Tem como rival um estado soberano e alimentado a petrodólares. E isso faz com que até os Barcelonas desta vida percam capacidade competitiva e financeira. Mas a realidade do dinheiro não é tudo. Há muitos e muitos anos de erros acumulados, de contratações danosas, de chorudas comissões por pernas de pau, de opções de gestão que levaram a mais de 1000 milhões de passivo quando juntamos os três grandes. E isso também leva à perda de competência dos nossos melhores. As SAD pagam bons salários. É exigir que trabalhem bem. E já. Sob pena de ficarmos ainda mais fracos do que estamos condenados a ser.n
É PRECISO MAIS PROFISSIONALISMO, CRITÉRIO E
TRANSPARÊNCIA