“TENHO O SONHO DE UM DIA VIR A SER POLÍCIA”
Correio Sport - Quando deixar de ser atleta, imagina-se a fazer o quê?
- Ainda não sei ao certo. Por vezes sinto que vou querer desligar-me um bocado do judo. Todos sabem que tenho o sonho de vir a ser polícia. Infelizmente, as coisas não estão a acontecer nesse sentido, mas vou continuar na luta para cumprir esse sonho de um dia seguir a carreira na polícia. Mas, neste momento, ainda não tenho nenhum plano traçado para o futuro, para depois de terminar a carreira de judoca. O meu objetivo agora é estar bem nos Jogos Olímpicos e ganhar mais títulos enquanto judoca do Sporting. Também sinto que tenho algum jeito para ensinar os miúdos, talvez um dia comece com os cursos de treinador. Mas, como disse, ainda não penso no futuro a longo prazo porque ainda tenho muitos objetivos para conquistar enquanto atleta.
- Se fosse primeiro-ministro, o que mudava no desporto português?
- Tentava dar mais visibilidade. Acho que em Portugal se dá pouco destaque às modalidades. Os atletas portugueses são bastante competentes. Ganhamos várias medalhas e vários títulos. Se eu fosse primeiro-ministro tentava dar mais estabilidade aos atletas de topo. Tenho a certeza de que ganharíamos ainda mais medalhas. Sei de muitos atletas que estagnam na sua evolução porque têm de preocupar-se com o seu sustento e deixam os treinos para segundo plano. Ninguém deseja chegar aos 35 anos e ter de voltar à estaca zero, começar uma carreira do zero. Penso que a criação de planos profissionais e planos de formação profissional para estes atletas depois de deixarem de competir daria uma maior estabilidade, para estes jovens se concentrarem apenas nos treinos. Tenho a certeza de que teríamos mais medalhas para Portugal se assim fosse.
- Se não praticasse judo, optava por que modalidade?
- Boxe. É o meu desporto favorito. Quem sabe um dia, quando deixar o judo (risos).n