Encerrar o CEJ
OCentro de Estudos Judiciários (CEJ) é a escola de formação dos futuros juízes e procuradores. Uns e outros frequentam aí o mesmo espaço, respiram o mesmo ar, têm os mesmos mestres, andam pelos mesmos seminários, tomam as refeições e o café juntos, partilham transportes. Saem do CEJ e juiz e procurador vão juntos para um mesmo tribunal e comarca. Aí trabalham debaixo do mesmo teto, almoçam no mesmo restaurante, tomam café no mesmo local, frequentam a mesma privada exclusiva, e depois seguem, cada um, para sua casa. O procura-
A PROMISCUIDADE FICARIA DILUÍDA COM UMA ESCOLA PARA AS DIVERSAS PROFISSÕES
dor promove, intervindo como parte num processo em que do outro lado, como a outra parte, está um advogado, e depois o juiz é chamado a decidir por uma das partes. Aquela promiscuidade ficaria diluída, a exemplo de outros países, protocolando a criação de uma escola para seleção e formação de diversas profissões jurídicas e forenses - juízes, procuradores, advogados, oficiais de justiça, conservadores, notários, solicitadores, agentes de execução. Importante seria também minorar seriamente custos para o Estado e encerrar o CEJ que, em rigor, não é mais que uma direção-geral do Ministério da Justiça! Há décadas que esta é a verdade. Alterar o paradigma era um tributo à Justiça!