ATAQUA A ACADEMIA
FACTO r Formação leonina apenas contribui com quatro ‘produtos’ para a composição do plantel da equipa principal para a nova época REGISTO r É o número mais baixo desde a criação da Academia de Alcochete, em 2002
Ofutebol profissional do Sporting vive nesta época uma situação absolutamente atípica em relação ao que tem sido um padrão comum desde há muitos anos. Somente quatro ‘produtos’ da formação do clube integram o plantel da equipa principal. É o re gis to mais b aixo des de a criação da Academia leonina, em 2002.
O número poderia ser ainda mais reduzido caso, nesta época, Nani – que curiosamente até é um dos expoentes máximos da formação do Sporting - não tivesse regressado a Alvalade. Sobram então Carlos Mané, Matheus Pereira (ambos provenientes de empréstimos, ao Estugarda e ao Desp. Chaves, respetivamente) e o jovem guardião Luís Maximiano, que fun- ciona como opção de recurso para a baliza. Deste quarteto, apenas Nani tem entrada praticamente garantida no onze base da equipa à disposição de José Peseiro. Muito diminuta, como se vê, a participação das ‘pérolas’ da Academia no contexto do futebol profissional do Sporting para esta época.
A esta verdadeira razia está ligada a debandada ocorrida na s e quê nc ia do at aque , c o m agressões, às instalações da
Academia do clube leonino, em Alcochete. A carga simbólica deste ataque, de resto, não poderia ser evidente nos efeitos que produziu no ADN do plantel. Jogadores históricos como Rui Patrício, William Carvalho e Gelson Martins, todos internacionais A, rescindiram contratos e partiram. Podence e Rafael Leão fizeram o mesmo. Palhinha foi cedido ao Sp. Braga. E mesmo outras opções de fundo, como Iuri Medeiros ou Francisco Geraldes, foram emprestados. Vivem-se novos tempos no futebol do Sporting.
SOBRAM NANI, MATHEUS PEREIRA, CARLOS MANÉ E LUÍS MAXIMIANO
PROCESSOS DE RESCISÕES ATINGIRAM EM CHEIO O NÚCLEO DA FORMAÇÃO