VARIAÇÕES NO PIANO
prazer desta semana vem ao mês. No meio. Chega esfomeado, no início. Com muita pressa, como se já estivesse no fim. Ainda falta. No durante daquilo que tem que ser feito, curiosamente, tira o pé do acelerador. As suas mãos não querem ancorar. Multiplicam-se. São verdadeiros polvos. Vai buscar calma onde antes o fogo ardia desenfreado. Consegue maravilhas. Desconheço como sabe fazer a manobra perigosa deliciosa do ir e regressar sem perder consistência e diâmetro. Há quem vá e volte e se fique por aí. Esta criatura não é de se ficar. Segue. Inteiro. Com cabeça, isto é, com a beira baixa fornecida. Não é todo o homem que acelera e, depois, reduz a velocidade para intensificar, de novo, o ritmo. Conheço quem perde a escama. Ele só ganha. O universo físico pode ter sido um pouco forreta no que diz respeito ao tamanho do mais que tudo, mas compensou-o. Está correto o boato antigo que garante pequeno mas trabalhador. É o caso.
O contrário de grande tem muitas probabilidades de cumprir com o importante: ter pontaria no ponteiro e manter o ponteiro como deve ser, que é como uma mulher gosta. Tiros à toa, obrigada, ninguém precisa e merece. Se for para atirar com pistolinhas de plástico, o melhor que há a fazer é vestir as calças e calçar os sapatos para dar lugar a capazes. Este prazer, que me visita mensalmente, não sendo, assim, um pistoleiro da laia do Texas, é um atirador de excelência, tendo em conta o que sobra na fita métrica. Não me importo. O que aqui conta, e muito, distancia-se da medida. Evidentemente, quem me apareça (e já apareceu) a precisar, em todos os sentidos, de vitaminas, só conhece a entrada da casa. Vejo logo o que lhe falta. Nem sequer é preciso utilizar os olhos para ter a certeza do deserto sexual que apresentará. No, no, como dizem os estrangeiros. Adeus. Não entras. Uma natureza morta no quadro terá mais vida.
“DESCONHEÇO COMO SABE FAZER A MANOBRA PERIGOSA DELICIOSA DO IR E REGRESSAR SEM PERDER CONSISTÊNCIA E DIÂMETRO”