PÚBLICO REGRESSO A M
SÁBADO
IAansiedade era muita. A expectativa também. Ao longo de quase um ano e meio, com exceção de cerca de uma dezena de testes-piloto que envolveram a seleção nacional, alguns jogos da II Liga, as equipas nas provas da UEFA e o Santa Clara nos Açores, os estádios estiveram vazios.
No fim de julho chegou a notícia tão aguardada pelos agentes desportivos e pelos adeptos: as bancadas podiam reabrir, ainda que limitadas a um terço da sua lotação. Os clubes queriam mais mas tiveram de se contentar com os 33% definidos. Também por isso causou surpresa a adesão aquém do esperado.
Depois dos jogos da 2ª fase da Taça da Liga e da Supertaça Cândido de Oliveira não terem esgotado a capacidade dos recintos onde esses jogos decorreram, o mesmo aconteceu nos nove campos que acolheram a 1ª jornada da Liga. Quem esteve mais perto de atingir esse desiderato foi o FC Porto, e o Sporting ficou muito longe. Nem a visita do Benfica ao Minho encheu o pequeno estádio do Moreirense.
A pergunta ecoou pelos corredores dos gabinetes onde o regresso do público foi tão reivindicado e também motivou conversas de café: o que correu mal para os estádios não estarem cheios? A resposta divide-se em duas partes.
A Covid é a principal responsável, garantem ao Correio Sport vários dirigentes. A burocracia para assistir ao vivo a um jogo de futebol nos dias que correm é mais do que muita (ver lista ao lado). E boa parte da população ainda receia grandes aglomerações e estar num estádio com milhares de desconhecidos ainda será encarado como um comportamento de risco.
E depois há o Cartão do Adepto. Em teoria criado para combater comportamentos ilegais (ver texto secundário), na prática está a fazer com que largos setores das bancadas fiquem vazios, devido à fraca adesão ao documento.n
MENOR ADESÃO TEM SIDO TEMA RECORRENTE
NOS GABINETES DO PODER