Correio da Manhã Weekend

Do livro `Antologia da Poesia Erótica Brasileira', org. Eliane Robert Moraes, ed. Tinta da China

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“Cantares da Sulamita. Cantar I

Se você não me agarrar todinha aqui agora mesmo só me resta morrer

se não abrir minha blusa violento e carinhoso me sugar o biquinho dos seios por certo hei de morrer (...)

também certa a minha morte se você não acariciar o meu púbis de Vénus com o terceiro quirodátil­o já caio morta de costas defuntinha toda morta de morte matada

morrerei gemendo chorando se você titilar a pérola na concha bivalve morrerei na fogueira aos gritos se não o fizer

amado meu escuta se você não me ninar com cafuné me fungar no cangote mordiscar as bochechas da nalga me lamber o mindinho do pé esquerdo juro que hei de morrer certo é o meu fim

te peço te suplico meu macho meu rei meu cafetão eu faço tudo o que você mandar até o que a putinha de rua tem vergonha

eu fico toda nua de joelho descabelad­a na tua cama eu fico bem rampeira ao gazeio da tua flauta de mel eu fico toda louca aos golpes certeiros do teu ferrão de fogo ereto duro mortal (...)

se não me currar

em todas as posições indecentes desde o cabelo ate a unha do pé taradão como só você é certo que faleci me finei todinha morta

se não me crucificar entre beijos orgasmos tabefes ganidos só me cabe morrer minha morte é fatal de sete mortes morrida mortinha de amor é Sulamita”

“Cantar II

Ó não amado meu moça honesta já não sou e como poderia se você me corrompeu até os ossos ao deslizar a mão sob a minha calcinha acariciou a secreta penugem arrepiada? (…)

vem ó princesa minha depressa vem ó doce putinha aos gritos fortes do rei que batem à porta o meu coração se move salta de um a outro lado do peito já se derretem as minhas entranhas o rosto do amor floresce nesse copo d’água (...)”

“(...) sob a minha calcinha acariciou a secreta penugem arrepiada

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