Correio da Manhã Weekend

Espancada e violada por operário em obra

CRIME Vítima foi arrastada para prédio em reconstruç­ão e agredida. Agressor apanhou sete anos de cadeia DECISÃO Esta foi a 14ª condenação em tribunal para o arguido que tem longo cadastro

- NELSON RODRIGUES

Estava à porta da sua casa quando foi surpreendi­da pelo agressor, que a agarrou por um braço e a arrastou para o interior de um prédio em reconstruç­ão, no centro do Porto. Nesse local, a jovem de 20 anos, portadora de uma debilidade intelectua­l moderada, foi agredida com estalos na cara e viu o homem que a atacava apertar-lhe o pescoço, enquanto a despia. Depois violou-a. O suspeito, um operador de máquinas, de 49 anos, foi condenado a 7 anos de cadeia no Tribunal de São João Novo. Está já na cadeia.

O crime foi cometido a 23 de dezembro de 2019, na hora de almoço. O arguido já conhecia a vítima, uma vez que trabalhava nas obras do prédio, perto da casa da jovem. Diz o processo que a rapariga tentou evitar o ataque sexual mas, devido à violência infligida pelo agressor, perdeu as forças.

Foi a tia da vítima, com quem esta reside, quem denunciou o caso. No dia dos factos, estranhou a ausência da sobrinha para uma festa de aniversári­o. Quando a foi procurar, encontrou o agressor à saída do prédio onde tinha acabado de cometer a violação. Quando foi questionad­o se tinha visto a vítima, respondeu negativame­nte.

O agressor já cumpriu penas de cadeia por crimes de furto, roubo e sequestro. Esta condenação por violação agravada é a sua 14ª pena de prisão. Comete crimes desde 1993.

Em audiência assumiu que manteve relações sexuais com a vítima - os exames forenses já indicavam haver vestígios biológicos seus no corpo da jovem -, mas diz que foram consentida­s. Explicou ao coletivo de juízas que já conhecia a vítima, por a ver frequentem­ente a passear o cão em frente à obra em que trabalhava. Assumiu ainda que sabia que a jovem apresentav­a um défice cognitivo. As magistrada­s não acreditara­m na sua versão, mas sim na da vítima que contou os factos de forma “honesta e credível”.

JOVEM DE 20 ANOS FOI SURPREENDI­DA QUANDO ESTAVA À PORTA DE CASA

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