‘Guerra’ de escuteiros aquece Educação
AVISO “Se o bloqueio regressar ou houver um desbloqueio de faz de conta, o caminho é a luta reivindicativa” EXIGÊNCIAS Fim das quotas da avaliação e redução do número de alunos por turma
Oantigo escuteiro Mário Nogueira, ontem reeleito secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) com 90% dos votos, deixou um aviso ao novo ministro da Educação, João Costa, que também foi escuteiro. “Se o bloqueio regressar ou se houver um desbloqueio de faz de conta, o caminho é a luta reivindicativa”, afirmou. No Congresso da Fenprof, que ontem terminou em Viseu, Nogueira lembrou que “quando tomam posse, os governantes comprometem-se, por sua honra, a cumprir as funções que lhes
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são confiadas, tal como os escuteiros”. João Costa, ex-secretário de Estado da Educação, não é propriamente um ‘pata tenra’ (expressão para denominar um escuteiro inexperiente), lembra Nogueira, pois conhece os problemas dos professores.
“Nunca deixaremos cair a contagem do tempo de serviço”, afirmou Mário Nogueira.
A Fenprof exige, também, o fim das quotas da avaliação. “Nessa altura, não irei partir mais pratos”, garantiu Nogueira. A redução do número de alunos por turma e a valorização da carreira docente são outras das exigências. O combate à precariedade “mais elevada no ensino superior do que no básico e secundário” é para continuar. “Todos somos
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professores e as condições devem ser as mesmas”, disse.
Para 2 de julho está marcada uma ação com os utentes do IP3, porque há quatro anos o primeiro-ministro referiu que não podia reabilitar a estrada e satisfazer as reivindicações dos professores. Mário Nogueira lembrou que a “estrada está uma desgraça e a carreira docente estilhaçada”.n
FENPROF NUNCA DEIXARÁ CAIR A CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO