Correio da Manhã Weekend

Daniel Alves VERSÕES SEM VERDADE

- POR MIRIAM ASSOR

ão conhecia a vítima. Nunca a tinha visto. Nunca. Depois, rectificou e já não era assim como dissera. Afinal, tinha conhecido a rapariga na noite de 30 de Dezembro na discoteca. Todos sabem que o Alves gosta de dançar. Sim, senhora. Conheceu-a, mas não lhe tocou sequer com uma unha. As versões anteriores estavam erradas. Nervos. O homem, assim dizendo, homem, estava em estado de choque. A confissão final até chegar outra, veio num interrogat­ório das autoridade­s, garantindo que a jovem voou para cima dele na altura em que estava sentado na casa de banho. Mas houve ainda outra versão quando o aperto da justiça o cercou. Teve relações sexuais com essa jovem, teve, verdade que teve, mas, ninguém o julgue por maldades e barbaridad­es, o sexo aconteceu de forma consensual. Ela quis e ele quis, sendo que teria sido a própria a dar o primeiro passo da baile sexual. Não via violação em lado nenhum. Daniel Alves, talvez, esteja míope. A diversidad­e de histórias contadas anteriorme­nte por Daniel Alves explicavam-se diante de uma juíza: foram somente uma tentativa de esconder a infidelida­de da mulher. Coitadinho. Coisa linda. Quem mente uma vez mente as vezes que forem precisas e necessária­s para defender o cóccix da seringa. Que nojo.

É acusado de ter violado uma rapariga de 23 anos (que tivesse 100 anos), à hora deste texto, o sénior jogador despedido Daniel Alves está em prisão preventiva na Brians 2, instalaçõe­s penitenciá­rias situadas a norte de Barcelona. Espanha é Espanha. Mandou dizer que a sua vida foi dura até ter vingado no futebol e, por conseguint­e, nada o assusta. Veremos. Os calhaus que encontrou no caminho e as dificuldad­es superadas não são irmãs em nada do crime que é acusado: agressão sexual. Ouviste Daniel? Não venhas cá inverter valores.

 ?? ??
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal