Correio da Manhã Weekend

“TREINEI MUITO PORQUE QUERIA BATER O RECORDE”

FEITO Antiga campeã olímpica explica o que a motivou a baixar em mais de seis minutos a melhor marca da meia-maratona no seu escalão etário EXEMPLO Espera que ⬩ “sirva de estímulo aos mais preguiçoso­s”

- Paulo Jorge Duarte

● Mais Sport - Esta prova (paralela ao Campeonato Mundial em Riga, Letónia) correu-lhe de feição?

Rosa Mota - Fui convidada para assistir ao primeiro campeonato mundial de estrada, que tinha também a maratona, os 5 km e a milha, que aconteceu pela primeira vez. A ideia é os populares, como eu sou, estarem mais diretament­e com os atletas de elite. Nessas três competiçõe­s, houve provas para populares. Não tínhamos nada a ver com o campeonato do Mundo, mas estávamos a assistir às provas e a ver os atletas de elite, a quem é difícil, muitas vezes, ter acesso.

- Sentiu-se bem durante a prova?

- Fui participar, toda contente, na meia-maratona.

Treinei muito para esta prova, porque queria bater o recorde, que era 1:32.56. Sinceramen­te, não esperava fazer um tempo tão bom, mas tinha a consciênci­a de que tinha treinado muito.

- Tirar cerca de seis minutos ao anterior recorde mundial é relevante...

- É muito bom. Para o meu escalão, dos 65 aos 69 anos, é um tempo muito bom. Fiquei muito contente por ter batido o recorde mundial e não apenas com 1h30m, mas sim com 1:26.06.

- Em qualquer escalão será bom...

- Sim [risos]. Espero que sirva de estímulo a todas as pessoas que são mais preguiçosa­s. Não é preciso fazerem provas, mas pelo menos podem pensar: se ela ainda corre, se gosta de se mexer, se faz tanto exercício para bem da sua saúde, vamos também fazer como ela. Espero que seja um estímulo para as pessoas começarem a mexer-se.

- Há esse papel de responsabi­lidade social, essa vontade de alertar as pessoas?

- É ajudar as pessoas a perceberem que o exercício físico faz bem à saúde: corrida, hidroginás­tica, dança, qualquer coisa. O importante é fazer qualquer coisa pela nossa saúde. Não custa nada fazermos algo pelo nosso bem, pelo nosso coração. Às vezes, somos pessoas boas, gostamos de ajudar e temos um coração bom, mas também temos de cuidar dele. Através do exercício, conseguimo­s fazer isso.

“NÃO CUSTA NADA FAZERMOS ALGO PELO NOSSO BEM, PELO NOSSO CORAÇÃO”

 ?? ??
 ?? ?? Rosa Mota fixou o novo recorde da meia-maratona no escalão dos 65 aos 69 anos, com um verdadeiro `tempo-canhão'
Rosa Mota fixou o novo recorde da meia-maratona no escalão dos 65 aos 69 anos, com um verdadeiro `tempo-canhão'

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal