Mil palavras O dia de Montenegro
Vai ser interessante ler os comentários e as sondagens após este sábado, `25 de Novembro', em que Montenegro brilhou. Um Congresso do PSD convocado para debater normas estatutárias tornou-se o momento de afirmação do líder laranja. Os que apontam o dedo para esconder a lua do escândalo das negociatas na corte de Costa o que irão dizer do discurso claro e focado de Luís Montenegro? Como irão reagir as sondagens – e os seus produtores às críticas certeiras e ideias concretas que o líder do PSD deixou em Almada?
Uma coisa é certa, Montenegro quer ocupar o centro político e empurrar Pedro Nuno Santos para o seu espaço natural, próximo do Bloco de Esquerda.
A 16 de dezembro, saberemos se as estrelas confirmam o que tão profusamente se tem escrito: Pedro Nuno Santos deverá tornar-se o candidato do PS a primeiro-ministro;
José Luís Carneiro terá marcado o terreno dos moderados para futura oportunidade.
Montenegro antecipou esse resultado natural nas hostes socialistas e afinou a mira: `Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo'. Um gonçalvista de braço dado com a sua `cinderela' Mortágua, disse.
Após ganhar o partido pelo controlo do aparelho, Pedro Nuno Santos terá de se virar para o País. As suas cicatrizes já expôs. Mas estarão mesmo cicatrizados golpes tão profundos e recentes?
E como poderá o futuro líder do PS sarar as chagas na confiança pública, causadas por gente como Lacerda & Escária?
Suprema ironia será ver alguém como Pedro Nuno Santos agarrar-se ao legado das contas certas de
Medina como boia de salvação.
Montenegro quer ocupar o centro político e empurrar Pedro Nuno Santos para o seu espaço natural, próximo do BE