Tragédia no Atlântico
Titan implodiu na visita ao Titanic
Oque tem em comum uma lata de Coca-Cola a ser esmagada com um martelo ou um elefante apoiado num pé sob o peso de 100 animais com o mesmo peso? Estas foram algumas das analogias usadas para explicar aos passageiros do Titan o efeito destrutivo que a elevada pressão no fundo do oceano Atlântico poderia ter no submersível. O Titan era um pequeno submersível de 6,5 metros de comprimento. Fez inúmeras viagens ao fundo do oceano. A última a 18 de junho. Mergulhou para os tripulantes observarem os destroços do Titanic, a quase 4 mil metros de profundidade e a 600 km da costa de Terranova, no Canadá. Mas, menos de duas horas após a partida, o submersível perdeu o contacto com o navio de apoio. Seguiu-se uma grande operação de resgate, mas o mistério adensava-se. Após cinco dias de intensas buscas, o pior dos cenários confirmou-se. O dispositivo implodiu após o mergulho, matando os cinco passageiros instantaneamente, incluindo o presidente da dona do Titan. Os corpos ficaram desfeitos. Seguiam no submersível o empresário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e o filho Suleman Dawood, de 19, Paul-Henri Nargeolet, de 77 anos, um explorador francês e antigo oficial da Marinha, conhecido como o “Senhor Titanic”, bem como Stockton Rush, de 61 anos, o CEO da OceanGate Expeditions, responsável pela viagem. Os destroços foram encontrados no fundo do mar a quase 4 mil metros de profundidade e a cerca de 500 metros da proa do Titanic. Foram trazidos para terra para análise. O submersível desapareceu no oceano Atlântico, próximo de Newfoundland, no Canadá. Assim que o aparelho desapareceu, as críticas contra a OceanGate multiplicaram-se. Apontam sobretudo para a alegada negligência na segurança do equipamento de turismo subaquático. A empresa suspendeu as suas explorações e operações comerciais.
Mistério
O Titanic afundou-se na viagem inaugural, em 1912, depois de embater num icebergue, provocando a morte de 1500 passageiros e tripulantes. Desde a descoberta dos destroços do Titanic em 1985, cientistas, caçadores de tesouros e turistas têm visitado o local.