Correio da Manhã Weekend

“NÃO DEI NENHUM PASSO EM FALSO”

REGISTO Aos 23 anos, é o mais jovem treinador das provas nacionais seniores. Fala de como chegou aqui e até onde quer ir

- Paulo Jorge Duarte

● Mais Sport - É o treinador mais jovem das competiçõe­s seniores nacionais. Como olha para esse dado?

Ivo Figueiredo - Vejo-me de uma forma natural no cargo. Não estava à espera que acontecess­e tão rápido e tão cedo. Iniciei a época como treinador-adjunto de Márcio Silva, que acabou por sair, o que fez com que assumisse a equipa interiname­nte. Acabei por ficar definitiva­mente no cargo. Tenho como meu mentor, a trabalhar comigo, Marco Almeida. Procurei rodear-me de pessoas competente­s para melhorar diariament­e.

- Teve de queimar etapas?

- Sou treinador desde os meus 16 anos. Desde o momento em que iniciei a minha carreira, procurei crescer, dia após dia, ano após ano. Acho que não dei, neste momento, nenhum passo em falso ou nenhum passo maior do que o outro. Acho que as coisas estão a correr naturalmen­te e sinto-me muito bem com aquilo que são os desafios. Passei pelos escalões que tinha que passar.

- Curiosamen­te, também passou pelo voleibol...

- Estive dois anos no voleibol de pavilhão, no Benfica, e três anos no voleibol de praia. Tenho paixão pelo voleibol,

mas sempre tive uma paixão muito maior pelo futebol. Devido à minha altura, decidi abandonar e dedicar-me àquilo que era mesmo o objetivo futuro que era ser treinador.

- Qual é o seu objetivo principal?

- Não quero colocar limites e não vou colocar limites, porque no futebol tudo é possível, desde que consigamos vencer o próximo jogo. Gostaria de atingir o futebol profission­al. É uma das minhas metas, para além de ter mais. Cresci muito nestes anos.

- Qual o objetivo do CD Gouveia nesta época?

- O objetivo é uma permanênci­a histórica. Uma equipa da Guarda já não consegue a manutenção nos campeonato­s nacionais há muitos anos. O objetivo é claro e não vamos fugir. Estamos abaixo da linha de despromoçã­o, mas existe muito campeonato pela frente, e temos muito caminho para caminhar.

“TUDO É POSSÍVEL NO FUTEBOL DESDE QUE CONSIGAMOS VENCER O PRÓXIMO JOGO”

● Precisamen­te no mesmo dia em que André Villas-Boas fez saber que apresentar­á a sua candidatur­a à presidênci­a do FC Porto na próxima 4.ª feira na Alfândega do Porto veio o atual presidente a público ofuscar a iniciativa da oposição com uma frase alegadamen­te misteriosa: “Ainda não decidi se me candidato ou não.” “Alegadamen­te” porque Pinto da Costa não tem outra solução que não seja recandidat­ar-se. Neste arranque de janeiro também não tem outro remédio que não seja emitir pela via sonora qualquer coisita que faça barulho e afaste a curiosidad­e da imprensa do facto de o FC Porto não ter entrado no novo ano apresentan­do lucro e com “capitais próprios positivos”, como afiançou com a ironia do costume o presidente em exercício em sessão de propaganda television­ada há coisa de um mês. A deferência da comunicaçã­o social em janeiro com a trapalhice oratória de Pinto da Costa via SIC em novembro fornece o retrato perfeito daquilo que é o “regime”. Nem mais, nem menos.

 ?? ?? Capitais próprios é que nada…
Capitais próprios é que nada…

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