“NÃO DEI NENHUM PASSO EM FALSO”
REGISTO Aos 23 anos, é o mais jovem treinador das provas nacionais seniores. Fala de como chegou aqui e até onde quer ir
● Mais Sport - É o treinador mais jovem das competições seniores nacionais. Como olha para esse dado?
Ivo Figueiredo - Vejo-me de uma forma natural no cargo. Não estava à espera que acontecesse tão rápido e tão cedo. Iniciei a época como treinador-adjunto de Márcio Silva, que acabou por sair, o que fez com que assumisse a equipa interinamente. Acabei por ficar definitivamente no cargo. Tenho como meu mentor, a trabalhar comigo, Marco Almeida. Procurei rodear-me de pessoas competentes para melhorar diariamente.
- Teve de queimar etapas?
- Sou treinador desde os meus 16 anos. Desde o momento em que iniciei a minha carreira, procurei crescer, dia após dia, ano após ano. Acho que não dei, neste momento, nenhum passo em falso ou nenhum passo maior do que o outro. Acho que as coisas estão a correr naturalmente e sinto-me muito bem com aquilo que são os desafios. Passei pelos escalões que tinha que passar.
- Curiosamente, também passou pelo voleibol...
- Estive dois anos no voleibol de pavilhão, no Benfica, e três anos no voleibol de praia. Tenho paixão pelo voleibol,
mas sempre tive uma paixão muito maior pelo futebol. Devido à minha altura, decidi abandonar e dedicar-me àquilo que era mesmo o objetivo futuro que era ser treinador.
- Qual é o seu objetivo principal?
- Não quero colocar limites e não vou colocar limites, porque no futebol tudo é possível, desde que consigamos vencer o próximo jogo. Gostaria de atingir o futebol profissional. É uma das minhas metas, para além de ter mais. Cresci muito nestes anos.
- Qual o objetivo do CD Gouveia nesta época?
- O objetivo é uma permanência histórica. Uma equipa da Guarda já não consegue a manutenção nos campeonatos nacionais há muitos anos. O objetivo é claro e não vamos fugir. Estamos abaixo da linha de despromoção, mas existe muito campeonato pela frente, e temos muito caminho para caminhar.
“TUDO É POSSÍVEL NO FUTEBOL DESDE QUE CONSIGAMOS VENCER O PRÓXIMO JOGO”
● Precisamente no mesmo dia em que André Villas-Boas fez saber que apresentará a sua candidatura à presidência do FC Porto na próxima 4.ª feira na Alfândega do Porto veio o atual presidente a público ofuscar a iniciativa da oposição com uma frase alegadamente misteriosa: “Ainda não decidi se me candidato ou não.” “Alegadamente” porque Pinto da Costa não tem outra solução que não seja recandidatar-se. Neste arranque de janeiro também não tem outro remédio que não seja emitir pela via sonora qualquer coisita que faça barulho e afaste a curiosidade da imprensa do facto de o FC Porto não ter entrado no novo ano apresentando lucro e com “capitais próprios positivos”, como afiançou com a ironia do costume o presidente em exercício em sessão de propaganda televisionada há coisa de um mês. A deferência da comunicação social em janeiro com a trapalhice oratória de Pinto da Costa via SIC em novembro fornece o retrato perfeito daquilo que é o “regime”. Nem mais, nem menos.