Mil palavras As bandeiras do Chega
Oque pode fazer Montenegro para travar o crescimento do Chega? Precisa retirar-lhe todas as bandeiras que não violem os princípios democráticos. Centremo-nos no controlo da imigração: por razões diferentes, quer a população das maiores urbes, quer as gentes envelhecidas, que ainda resistem no Interior Sul, indignam-se pela ausência de esforço público para a efetiva integração das hordas de migrantes que nos escolhem como porta de entrada na Europa.
Com perfil laboral desqualificado, quase todos do sexo masculino e sem escoras familiares, estes homens que nos procuram para melhorar as suas vidas não têm o acompanhamento essencial. Ninguém lhes explica os direitos e principalmente os deveres exigíveis pela nossa vida em sociedade. O direito a serem tratados gratuitamente nos hospitais públicos, a serem de imediato integrados no sistema de segurança social, a saberem exatamente o que fazer e quando, no caminho até obterem a nacionalidade portuguesa, o direito-dever de aprenderem a nossa língua; o dever de respeitar os direitos das mulheres, de partilhar o espaço público com civismo e laicidade, de aceitar a diferença na religião ou na orientação sexual.
Até agora, o Estado larga os imigrantes à sua sorte, para nosso azar.
Post Scriptum – Este caso das bebés que a Presidência tomou em mãos para abrir uma via rápida, como agora fica claro, é uma vergonha nacional. Primeiro, os serviços do Presidente contactaram o Hospital de Santa Maria. Depois, como no indecoroso caso da antecipação do avião da TAP, Belém passou a batata quente ao Governo. Que, à época, tudo fazia para agradar.
Montenegro precisa de retirar ao Chega todas as bandeiras que não violem os princípios democráticos