GOVERNO CORTA 15 MILHÕES EM REMÉDIOS
CONTAS r Só na área relacionada com os remédios, o Governo quer obrigar os fornecedores a baixar os preços para cortar 15 milhões de euros SUPERVISÃO r Os hospitais públicos e os administradores vão ter um controlo mais apertado da sua gestão e serão cla
OMinistério da Saúde vai ter mais 523,3 milhões de e ur o s p ar a gas t ar e m 2019, num total de 10 922 milhões de euros. É um acréscimo de 5 por cento relativamente ao que foi estimado para o corrente ano, especifica a proposta do Orçamento do Estado (OE) que também refere várias medidas de controlo da despesa. Para o próximo ano prevê-se que o Governo vá continuar a pressionar os fornecedores da área da Saúde para reduzir preços. De acordo com a proposta de OE para 2019, a estimativa de ganhos de eficiência associada ao exercício de revisão de despesas na Saúde aponta para um corte de 83,7 milhões de euros. Assim, na revisão de preços e comparticipações, o Executivo quer poupar cinco milhões de euros. E em medidas transversais na área do medicamento (não especificadas na proposta) aponta para 10 milhões. Portanto, só na área dos remédios, o Governo quer poupar 15 milhões. A redução também visa os dispositivos médicos e reagentes: 18 milhões de euros. Ao combater a fraude, a expectativa é de poupar 10 milhões de euros e o mesmo valor é esperado com a centralização da compra de equipamento informático, licenciamento de software, comunicações, gás, eletricidade, combustíveis e outros consumíveis. Já com a revisão de contratos de gestão e acompanhamento financeiro dos hospitais a poupança esperada é de 30,7 milhões de euros. Haverá também um novo modelo de fi- nanciamento que prevê premiar os 11 hospitais mais eficientes com mais dinheiro. Já os hospitais de eficiência média e baixa terão acompanhamento mais próximo com peritos no
terreno para identificar medidas para melhorar a sua eficiência. Porém, a despesa total com pessoal deverá crescer 287,5 milhões de euros, passando para 4238 milhões de euros, justificados com a contratação de mais pessoal. Também a despesa com bens e serviços correntes (medicamentos e dispositivos médicos, parcerias público-privadas) atingirá os 6071 milhões de euros, mais 383,2 milhões de euros que em 2018.
OS ONZE HOSPITAIS MAIS EFICIENTES RECEBERÃO MAIS VERBA PARA GASTAR
CUSTOS COM BENS E SERVIÇOS CHEGAM AOS 6071 MILHÕES DE EUROS