Coelhos resistem a hemorrágica
INVESTIGAÇÃO r Após a libertação de 200 animais apenas 5% morreu
As autoridades sanitárias da ilha de Maiorca (Baleares), em Espanha, divulgaram a libertação e consequente sobrevivência de 200 coelhos bravos geneticamente modificados para serem resistentes à febre hemorrágica.
A doença altamente contagiosa e que destrói o fígado e os pulmões “provoca a morte dos coelhos rapidamente”, explicou a técnica de Vigilância da Caça da região, María del Carmen Muñoz. A doença tem um período de incubação curto, de um a três dias, e uma mortalidade muito elevada, que varia entre 70 e 90%. A introdução dos coelhos geneticamente modificados é sujeita a uma observação realizada pela equipa de cientistas dirigida por Rafael Villafuerte Fernandez, investigador do Conselho Superior de Pesquisas C i e n t ífi c a s . At é ho j e , 1 5 repovoamentos foram feitos em nove pontos de Maiorca, com coelhos geneticamente modificados. As baixas são inferiores a 5%.
Em Portugal, em dez anos, a doença hemorrágica viral praticamente dizimou o coelho bravo. O bastonário da Ordem dos Veterinários, Jorge Cid, sublinhou que “a doença sofreu, entretanto, uma mutação, sendo agora mais agressiva”.
A he morrágic a vir al, não transmissível ao homem, “anulo u p r at ic amente a caça ao c o e lho ” , r e fe r i u J o s é Batista, do Movimento Caçadores Mais Caça. A doença está presente entre 10 e 20% dos coelhos nos distritos de Lisboa, Setúbal, Évora e Santarém, segundo o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.
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