Presos 210 carteiristas de janeiro a setembro
PSP r Ladrões presos entre janeiro e setembro são mais 82 do que em 2017
Em apenas nove meses (de j ane ir o a s e t e mbro de 2018), a PSP deteve 210 carteiristas em Lisboa, mais 82 do que em igual período do ano passado. Os números foram avançados ao CM pelo diretor de Relações Públicas da PSP, intendente Alexandre Coimbra, que acrescenta que os gangs responsáveis por estes crimes, na maioria da Europa de Leste, terão lucrado cerca de 4,5 milhões de euros com o furto de carteiras, estimativa relativa ao primeiro semestre deste ano.
Este valor foi alcançado através da soma das verbas e do custo de todos os bens furtados aos autores das queixas.
O aumento na proatividade policial, no Comando de Lisboa, prende-se com a constituição
GANGS DE LESTE ROUBARAM 4,5 MILHÕES NO PRIMEIRO SEMESTRE
de uma equipa especializada no combate a carteiristas, no seio da Divisão de Investigação Criminal. Face ao grande afluxo de turistas, estes agentes, que atuam à civil, apostam na recolha de informação nas ruas da cidade. Visam a identificação dos suspeitos, tendo a PSP criado uma base de dados de assaltantes. Os autores dos crimes atuam em ruas de grande concentração de turistas.
Existem, no entanto, dois obstáculos ao trabalho policial. O primeiro prende-se com o facto de estes assaltantes, originá- rios de países como a Bulgária, Roménia, Macedónia, Kosovo, Albânia, entre outros, passarem períodos curtos em Portugal. Os bens que furtam, dinheiro ou outros artigos, são em regra postos fora do território nacional em pouco tempo.
A segunda contrariedade tem a ver com o que os próprios agentes consideram ser as “limitações da lei portuguesa para punir estes assaltantes”. “A grande maioria fica em liberdade após os interrogatórios. É difícil fazer com que um assaltante destes fique em prisão preventiva”, referiu ao CM uma fonte policial. Os polícias desejam um ajustamento da Lei.