CASA DO PRESIDENTE CUSTA 893 € POR NOITE
CONCESSÃO r Espaço atribuído por 25 anos a um custo de 2600 euros mensais OBRAS r Empresa MCO II, que ganhou o concurso público, fez a reabilitação dos imóveis por 3,7 milhões de euros
Aantiga casa do presidente da Câmara de Lisboa está disponível no alojamento local. A diária não é, contudo, acessível a qualquer bolsa. No site de reservas turísticas Booking, o custo por uma noite pode atingir os 893 euros. O presidente da autarquia, Fernando Medina, que o nte m apresentou um programa para travar o alojamento turístico nos bairros históricos, frisou que a casa “é um edifício municipal” mas negou que tenha o título de residência oficial.
“O presidente da câmara não tem residência oficial, esse é um nome histórico que foi atribuído a um edifício no parque de Monsanto e que há largos anos não tem esse estatuto. Por isso não existe, a lei não o permite”, referiu Fernando Medina.
O edifício municipal integra um conjunto mais vasto de propriedades que foram concessionadas à empresa MCO II, que em Lisboa tem a gestão de outros espaços públicos, como o mercado de Campo de Ourique. Ao CM, a direção da MCO II - empresa na área de turismo e eventos – esclareceu que “em 2014 respondeu ao concurso público”. “Ganhou o mesmo em novembro do mesmo ano, fic ando re s - ponsável pela concessão.”
Fernando Medina referiu, por sua vez, que “a câmara fez a atribuição de uma concessão para a exploração de um espaço que estava fechado porque não era residência do presidente da câmara e que nem iria ser mais”. A Câmara de Lisboa adiantou que “a concessão en- volveu a recuperação e exploração de uma parte delimitada da Quinta da Pimenteira, o Moinho do Penedo e duas casas de função - todas localizadas em Monsanto”. “O custo de reabilitação dos edifíc io s fo i de 3 milhões e 760 mil euros, a suportar pelo concessionário, ficando este sujeito ainda ao pagamento de uma renda mensal de 2600 euros, acrescidos de IVA, durante os 25 anos previstos no contrato”, adiantou a autarquia em comunicado.
MEDINA RECUSA QUE CASA POSSA SER DEFINIDA COMO RESIDÊNCIA OFICIAL