VIUVA DE FERIAS COM MARIDO MORTO
ROSA GRILO E AMANTE EM PASSEIOS ROMÂNTICOS
ANDOU POR PORTO COVO, Grândola, Caminha e ainda foi ao festival de Paredes de Coura
CONFESSOU
À JUÍZA que mantinha uma relação paralela há muitos anos “TENS O PEIXINHO NO FORNO.” SMS para António já depois de corpo encontrado DIZ QUE A BICICLETA do triatleta está debaixo da ponte de Vila Franca de Xira
Rosa Grilo, detida três dias antes pela Judiciária pelo homicídio e ocultação do cadáver do marido, Luís, apresentou-se em tribunal, a 29 de setembro, com um discurso estruturado e pensado ao pormenor. Mas totalmente diferente do que apresentara desde que a vítima desaparecera, a 16 de julho, em Vila Franca de Xira. No interrogatório, a que o CM teve acesso na íntegra, a viúva deu explicações à juíza para todos os indícios que lhe eram apontados – imputando a autoria do crime a três homens, dois negros e um branco, que segundo Rosa mataram o triatleta com dois tiros na cabeça na cozinha do casal, à frente dela. E quanto ao motivo, explicou em detalhe que se prendera com o tráfico de diamantes de Angola – um negócio ilegal em que o marido teria enganado os homicidas.
Segundo Rosa (ver infografia), Luís Grilo trouxe diamantes de Angola “há sete, oito anos”. Era “um saquinho” e ela não percebeu que se tratava de um esquema perigoso e ilegal, embora o triatleta tivesse ido esconder a casa da avó da mulher, em Benavila, Avis, as pedras preciosas. E apenas mais tarde, há quatro ou cinco anos, Luís “começou a receber encomendas lá no escritório, de 6 em 6 meses”, que seriam mais diamantes.
A certa altura o empresário terá contado à mulher do que se tratava – recebia as pedras de umas pessoas e tinha de as entregar a outras, recebendo di- nheiro como comissionista. E só teve de contar porque, há uns meses, falhara uma entrega. A mulher diz que temia pela vida do marido, dela própria e do filho – motivo pelo qual retirou de casa do amante, e sem que este soubesse, uma arma para defender a família. Mas, segundo ela, não lhe serviu de nada a 16 de julho, quando os três angolanos invadiram a casa e executaram Luís com dois disparos na cabeça.
ROSA DESCREVE À JUÍZA “SAQUINHO” DE PEDRAS PRECIOSAS ESCONDIDO