Correio da Manha

Cobram imposto de luxo a igreja

POBRES r Famílias carenciada­s vivem em 14 casas cedidas pela paróquia

- ÁGATA RODRIGUES

AAutoridad­e Tributária e Aduaneira está a cobrar à igreja paroquial de Paço de Sousa, em Penafiel, o Adicional ao Imposto Municipal de Imóveis (AIMI), um imposto de luxo. A situação deixou o padre e o diretor da paróquia indignados, uma vez que os locais de culto estão isentos deste imposto e as casas referentes ao imposto de luxo estão entregues a famílias pobres e desfavorec­idas.

“Tivemos de pagar IMI desde 2016 mas de acordo com a Concordata, a situação ficou resolvida. Todos os locais de culto estão isentos. Qual não é o nosso espanto quando, para além do IMI, nos cobram o AIMI por casas que temos para acolher os pobres”, explica António Lopes, diretor da Fábrica da Paróquia de Paço de Sousa, que garante ter feito a reclamação à Autoridade T r i b ut ár i a e Aduaneira.

“O caso está entregue a um advogado, para tratar da situação do IMI que nos é cobrado erradament­e desde 2016 relativame­nte aos edifícios de culto, e agora este imposto de luxo, devido a estas singelas casas”, acrescento­u o responsáve­l.

O AIMI, conhecido por ‘Imposto Mortágua’ é um imposto adicional cobrado a partir dos 600 mil euros de património: para chegar a este valor a Autoridade Tributária e Aduaneira juntou aos edifícios religiosos da

paróquia de Paço de Sousa, no valor de 360 mil euros, as 14 casas cedidas a famílias desfavorec­idas. Com um total de 682 mil euros de património, as Finanças cobraram o imposto de luxo, num valor superior a mil euros.

COM PATRIMÓNIO DE 682 MIL EUROS, A IGREJA PAGOU MAIS DE 1000 €

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Cobrança feita pelo Fisco desagrada aos responsáve­is da igreja paroquial de Paço de Sousa, em Penafiel

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