‘Sardinhas em lata’ no regional de Tomar
FALTA r Redução do número de composições explica excesso de utentes CUSTO r Pagam passe mensal de 161 euros mas viajam 40 minutos de pé
Utilizar o comboio regional entre Tomar e Santa Apolónia, em Lisboa, transformou-se num verdadeiro quebra-cabeças às horas de ponta, tanto pela manhã como ao final da tarde. “Em direção a Lisboa as pessoas circulam tipo sardinha em lata a partir de Azambuja e na Póvoa a situação fica complicadíssima”, avançou ao CM o utente Francisco Pedro, que paga 161 euros pelo passe mensal entre Santa Apolónia e Santarém.
ENCHENTES OBRIGAM MAQUINISTAS A PEDIREM ÀS PESSOAS PARA SAÍREM
“À tarde já aconteceu, perante o comboio estar completamente cheio na estação Oriente, o maquinista pedir às pessoas que tinham como destino a Póvoa para saírem e apanharem um suburbano para Azambuja”, refere o mesmo passageiro.
Segundo apurou o CM, a situação resulta de, em alguns horários, o regional entre Tomar e Lisboa-Santa Apolónia circular com apenas uma unidade tripla elétrica, com três carruagens, em vez de duas unidades, num total de seis carruagens, como habitualmente acontecia. Uma limitação que provoca transtornos acrescidos para os utentes, obrigados a circular de pé por períodos na ordem dos 40 minutos. O regional da CP para Tomar registou, nos últimos dois anos, um acréscimo na procura – muitas pessoas migraram para o Ribatejo por não conseguirem suportar o custo do arrendamento na Grande Lisboa. O CM solicitou esclarecimentos à CP, sem sucesso.