MUNDO: BRASIL.
CRÍTICAS r Candidato desmente intento ditatorial e garante que a verdadeira ameaça vem do PT POLÉMICA r Pediu desculpa pelas declarações do filho, que ameaçou fechar o Supremo Tribunal
JAIR BOLSONARO NEGA SER AMEAÇA À DEMOCRACIA APÓS DECLARAÇÕES POLÉMICAS DO SEU FILHO.
Odeputado de extrema-direita Jair Bolsonaro, favorito às presidenciais brasileiras de domingo, negou as acusações de que é uma ameaça à democracia e à liberdade por causa da sua postura radical, considerada por muitos autoritária. Em entrevista à Rádio Guaíba, do sul do Brasil, o ex-capitão do Exército desmentiu qualquer intento ditatorial.
“Eu não sou uma ameaça à democracia, pelo contrário. Eu sou a garantia da liberdade e da democracia”, afirmou Bolsonaro, que, entre outras posições polémicas, já defendeu a práti-
PROMETEU EXPULSAR OU MANDAR PRENDER OS “MARGINAIS VERMELHOS”
ca da tortura e, no domingo passado, ao falar para apoiantes reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, prometeu banir do Brasil todos os “marginais vermelhos”, referindo-se ao Partido dos Trabalhadores, de Lula da Silva, e outras entidades de esquerda.
Bolsonaro atacou ainda o seu adversário na segunda volta, Fernando Haddad, do PT, afirmando que, ele sim, é uma ameaça à democracia. O ex-militar lembrou que há anos o PT de Haddad tenta criar um mecanismo para controlar a imprensa e limitar a atuação do Ministério Público e da justiça, o que, na opinião dele, é uma ameaça à democracia.
Tentando atenuar a forte repercussão negativa à declaração do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, de que se o Supremo Tribunal Federal impedisse a posse do pai alegando irregularidades o tribunal seria fechado por militares, Jair Bolsonaro pediu desculpa, minimizando as declarações do filho. Escreveu ainda uma carta ao decano do Supremo Tribunal, Celso de Melo, desculpando-se por ele e pelo filho e reconhec e ndo o trib unal c o mo “guardião da Constituição”, a que jurou subordinar a sua atuação como governante.