Metralhadoras do PREC apanhadas no Norte
IBÉRIA PJ de Vila Real apreende mais de 500 armas, na maior operação de sempre de combate a este tipo de crime DETIDO Homem, de 75 anos, tinha fábrica com maquinaria topo de gama
Algumas das metralhadoras foram roubadas no tempo do PREC. Não se sabe exatamente quais, porque os registos não existem e asarmas passaram de mão em mão. São 14, foram apreendidas pela Polícia Judiciária de Vila Real, e já foram usadas em crimes violentos. A maior operação de sempre da Judiciária - a que foi dada o nome Ibéria - levou à apreensão de mais de 500 armas. Muitas delas de guerra e com uma elevada capacidade de provocar danos.
Outra particularidade que chocou os investigadores: em Braga, um homem, de 75 anos, tinha uma verdadeira fábrica de transformação de armas. Havia uma linha de montagem, maquinaria topo de gama, com armas antigas a serem atualizadas e réplicas a passarem a metralhadoras.
Outro dos 14 suspeitos detidos pela PJ de Vila Real - foram apanhados 52, mas apenas 14 foram levados a juiz - é conhecido como ‘Nabo’ e mora em Arco de Baúlhe, em Cabeceiras de Basto, distrito de Braga. É um dos principais traficantes de armas português e vendia tudo: pistolas, revólveres, metralhadoras, droga e até tabaco. Desde que resultasse num lucro elevado.
Entre os suspeitos há também um polícia. O agente Basílio Monteiro trabalha na PSP de Chaves e estava destacado no departamento de licenciamento. O seu papel era claro: recebia as armas de que as pessoas se queriam desfazer - porque não queriam suportar os custos da legalização -, mas não as entregava à polícia. Trabalhava com três armeiros, seus amigos, e desviava as mais valiosas. Algumas, de coleção, atingem valores elevados - há metralhadoras comercializadas a 100 mil euros - e as armas que deviam ser destruídas eram de imediato fotografadas e vendidas nas lojas ou na internet. A PJ ainda não sabe quanto é que o elemento da PSP ganhava, mas as escutas mostram que os pagamentos eram feitos em dinheiro.
AGENTE DA PSP DESVIAVA ARMAMENTO E VENDIA-O A TRÊS AMIGOS ARMEIROS