Reforço de médicos não cobre reformas
NOVO Sindicato Independente dos Médicos garante que reforço anunciado não chega para compensar saída de clínicos para a aposentação
Oreforço de 1500 médicos anunciado pelo Governo, no âmbito das negociações do Orçamento do Estado, não chega para compensar a saída dos que se aposentam este ano, garante o Sindicato Independente dos Médicos (SIP). Jorge Roque da Cunha, presidente do SIP, aponta mesmo para um défice superior a meio milhar de médicos no final do ano.
“Este ano reformam-se cerca de 700 médicos hospitalares e 600 de medicina geral e familiar. São saídas que não vão ser repostas. Dos 840 médicos que terminaram a especialidade em abril e maio, nem 600 vão ficar”, afirma Roque da Cunha, acrescentando: “Vamos ter menos cerca de 500 médicos devido às reformas, à incapacidade do Ministério da Saúde para contratar e à saída para os privados”.
Já Carlos Robalo Cordeiro, diretor do serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, nota que os médicos que vão iniciar a especialidade proximamente não são um reforço. “São médicos que já estão dentro do SNS, que são internos do ano comum em estágio nos hospitais e que muito têm ajudado”, disse ao Correio da Manhã.
ROQUE DA CUNHA APONTA PARA DÉFICE DE MAIS DE 500 CLÍNICOS ESTE ANO