Auditoria à empresa de Vieira volta a atrasar
REVÉS rAdministração do Novo Banco tinha escolhido PwC para analisar reestruturação da dívida da Promovalor PROBLEMA rCons ltora audita as contas do Benfica, o que cria conflito de interesses
Aauditoria recomendada pelo Fundo de Resolução ao Novo Banco sobre a reestruturação da dívida do grupo Promovalor, ligado a Luís Filipe Vieira, sofreu novo revés. Depois de ter estado congelada quase dois anos no Novo Banco, a análise independente voltou a parar, para que seja escolhida nova consultora, já que a PwC audita também as contas da SAD do Benfica, o que gera um potencial conflito de interesses.
Segundo apurou o CM, depois de a gestão liderada por António Ramalho ter adjudicado os trabalhos à PwC percebeu-se que a empresa é também a responsável por levar a cabo a
FUNDO ASSUMIU CRÉDITOS DE LUÍS FILIPE VIEIRA, MAS NOVO BANCO FINANCIOU-O
análise às contas do clube da Luz. Os trabalhos iriam arrancar em setembro, mas nunca se iniciaram.
A recomendação do Fundo de Resolução para que os riscos da reestruturação da dívida de Vieira fossem avaliados foi feita em dezembro de 2018. As negociações entre o Novo Banco e a Promovalor para a renegociação dos créditos levaram à constituição de um fundo de investimento que serviu para adquirir as dívidas da empresa.
O fundo é controlado pela Capital Criativo, de Nuno Gaioso Ribeiro, vice-presidente do Benfica, e de Tiago Vieira, filho de Vieira. A operação teve financiamento do Novo Banco. No final de 2018, o banco tinha registado perdas de 115,6 milhões de euros com o grupo do presidente benfiquista.