Benfica contesta suspensão e diz que a decisão do juiz é nula
O Benfica não aceita a suspensão do processo contra Rui Pinto, pelo menos no que diz respeito aos acessos ilegais aos encarnados. Nos primeiros dias de outubro, os advogados do clube entraram com um requerimento a pedir a nulidade da decisão do Ministério Público e consequentemente a revogação do despacho do juiz.
No requerimento a que o CM teve acesso, os advogados alegam que não foram chamados a pronunciar-se. Desconheciam que entre os cinco processos que tinham sido autonomizados estavam os referentes ao blogue ‘Mercado do Benfica’.
Dizem ainda que a extração das certidões do processo principal foi feita já depois de se constituírem assistentes - na queixa que interpuseram contra o pirata informático. E que, assim sendo, deveriam ter sido notificados de que havia matéria que tinha sido separada, para se poderem igualmente constituir assistentes nesta ação autónoma e ser chamados a pronunciar-se sobre a suspensão provisória do processo.
A questão vai agora ser discutida na Relação de Lisboa, mas os dados já destruídos não poderão ser recuperados. Algo, no entanto, a que o Benfica não se opunha, já que, tal como o Ministério Público, defende tratar-se de prova ilegal que não pode ser usada na ação judicial. Esta argumentação está aliás na origem do facto dos encarnados entenderem que o processo dos emails tem de ser arquivado.
ALEGAM QUE NÃO SE PUDERAM CONSTITUIR ASSISTENTES NO CASO