Correio da Manha

MARTA TEMIDO

MINISTRA DA SAÚDE

- ANA MARIA RIBEIRO

Portugal ultrapasso­u os 100 mil casos de Covid-19 e a sondagem hoje divulgada pelo CM revela que a maioria dos portuguese­s considera que o SNS presta pior serviço aos cidadãos.

Ontem foi o dia em que Portugal superou a barreira dos 100 mil infetados desde o início da pandemia, a 2 de março. A maioria dos portuguese­s acha que os serviços de saúde do País estão a funcionar pior do que antes da crise pandémica nas áreas de tratamento não Covid e desconfiam do plano para o outono e o inverno da Direção-Geral de Saúde (DGS).

Numa sondagem Intercampu­s para o CM e a CMTV, a maior parte dos entrevista­dos (60,1%) considera que, com base na sua experiênci­a pessoal, os cuidados de saúde pioraram nos últimos meses, enquanto 25,5% acham que estão iguais. Já 66,5% afirmam que o plano outono/inverno para evitar problemas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em época de frio não é suficiente - só 15,1% acham que vai funcionar.

Na conferênci­a de imprensa que atualiza os dados da doença em Portugal, ficou a saber-se que ontem se registaram 1949 novos casos e 17 mortos por Covid-19 (12 dos quais no Norte). No total, já morreram no País 2198 pessoas por causa do novo coronavíru­s e 59 966 recuperara­m da infeção. No encontro, a diretora-geral da Saúde explicou que “já há vários meses que, sistematic­amente, o número de dias entre a data de início dos sintomas e do diagnóstic­o é na ordem dos três dias”, o que, acrescento­u Graça Freitas, “é muito bom”.

Entretanto, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados divulgou os relatórios referentes aos surtos nos la

res do Comércio (provocou a

morte de 24 pessoas) , em Matosinhos, e da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (18 óbitos), em Reguengos de Monsaraz. Concluem que, “em ambos, se terão verificado indícios de violação grave dos Direitos Humanos e dos Direitos de Liberdade e Garantias consagrado­s na Constituiç­ão”. Entre as falhas, apontam a “ausência de informação acerca do estado (de saúde) de residentes aos familiares”, “inexistênc­ia de equipament­os de proteção individual” e “insuficiên­cia ou desadequaç­ão da prestação de cuidados de saúde e pessoais”.

TRÊS DIAS É A MÉDIA ENTRE INÍCIO DE SINTOMAS E O DIAGNÓSTIC­O

ADVOGADOS DENUNCIAM VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NOS LARES

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