ESPECIAL: TERRORISMO. PROFESSOR SAMUEL PATY FOI DECAPITADO EM PLENA RUA POR MOSTRAR CARICATURAS DE MAOMÉ NUMA AULA.
CHOQUE Professor Samuel Paty foi decapitado em plena rua por mostrar caricaturas de Maomé numa aula sobre a liberdade de expressão INTERNET Vídeo posto a circular nas redes sociais pelo pai de uma aluna e por um pregador radical foi o ‘gatilho’ que fez o
Abdoulakh Anzorov não conhecia Samuel Paty. O jovem imigrante checheno de 18 anos vivia a quase cem quilómetros do professor, os seus caminhos provavelmente nunca se cruzaram, não conhecia sequer o seu nome ou o seu rosto. No entanto, na semana passada, decidiu matá-lo. Pior do que isso, decidiu decapitá-lo em plena rua, a poucos metros da escola onde dava aulas. Tudo por causa de um vídeo em que o professor era acusado pelo pai de uma aluna e por um pregador radical de ter faltado ao respeito ao Islão por mostrar, numa aula sobre liberdade de expressão, as famigeradas caricaturas do profeta Maomé que estiveram na origem do ataque ao ‘Charlie Hebdo’ em 2015.
O vídeo alastrou como fogo nos círculos islamistas mais radicais e foi partilhado centenas de vezes até chegar a Anzorov. Foi o ‘gatilho’ que fez passar à ação o jovem checheno recentemente radicalizado que conseguiu escapar ao radar das autoridades, apesar dos apelos à
‘jihad’ que publicou no Twitter este verão. Segundo a polícia, Anzorov enviou uma mensagem ao pai da aluna ofendido para saber o nome do professor e, na sexta-feira, deslocou-se à pacata aldeia de Conflans-Sainte-Honorine com duas facas na mochila. À porta do liceu, ofereceu dinheiro a quatro alunos para lhe apontarem Samuel. Quando este saiu da escola, decapitou-o. “Executei um dos cães do Inferno que ousaram rebaixar Maomé”, escreveu no
Twitter antes de ser abatido pela polícia.
“O inimigo está entre nós. O Islão radical infiltrou a nossa sociedade”, reconheceu ontem o primeiro-ministro, Jean Castex, no Parlamento, admitindo a impotência das autoridades para travar a apologia do terrorismo nas redes sociais, nas quais pregadores radicais como Abdelhakim Sefrioui - um dos autores do vídeo que condenou Samuel à morte - espalham impunemente a sua mensagem de ódio, apesar de mais de uma década de combate ao terrorismo islâmico em França.
TERRORISTA PAGOU A ALUNOS PARA LHE APONTAREM A VÍTIMA