ECONOMIA: ESTATÍSTICA. DADOS MOSTRAM QUE A RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA ESTÁ A ACONTECER, MAS DE FORMA LENTA.
OPTIMISMO Setores da Construção e dos Serviços estão mais confiantes APOIOS Existem mais de 442 mil portugueses a viver do subsídio de desemprego e rendimento social de inserção
Findos os meses de verão, tradicionalmente conhecidos como especialmente dinâmicos em termos económicos, os dados mostram que a recuperação da economia portuguesa está a realizar-se, mas de forma mais lenta do que o esperado. De acordo com a síntese económica de conjuntura de setembro, ontem revelada pelo Instituto Nacional da Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores diminuiu (com reflexos no abrandamento dos gastos), bem como caíram as perspetivas no Comércio e Indústria Transformadora. Em sentido inverso estiveram os setores da Construção e dos Serviços que reforçaram o otimismo no mês passado.
A quebra no Turismo continua a ser o fator mais penalizador para a economia nacional. Embora em agosto tenha registado uma ligeira recuperação, a verdade é que a quebra registada em termos de hóspedes e de dormidas foi superior a 40% em termos homólogos (-43,2% e -47,1%, respetivamente).
Também divulgados foram os dados da Segurança Social relativamente ao pagamento das várias prestações. O subsídio de desemprego foi pago a 230 303 portugueses (uma subida de 2,6% face a agosto e de 37,2% face ao período homólogo de 2019). Outra prestação importante é o Rendimento Social de Inserção (RSI) que, em setembro, foi pago a 211 992 beneficiários. No total, somando estas duas prestações sociais já existem 442 295 portugueses que dependem daqueles pagamentos.
Em termos de subsídio de desemprego trata-se mesmo do número mais alto desde o início de 2020.
Segundo a análise dos consultores da ‘Focus Economics’, que estudam mensalmente todas as economias da Zona Euro, em Portugal agravaram-se ligeiramente as condições da economia, com aquela instituição a prever uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,8% este ano.
APESAR DA RECUPERAÇÃO DE AGOSTO, TURISMO TEVE QUEDA SUPERIOR A 40%