Correio da Manha

ECONOMIA: ESTATÍSTIC­A. DADOS MOSTRAM QUE A RECUPERAÇíO DA ECONOMIA ESTÁ A ACONTECER, MAS DE FORMA LENTA.

OPTIMISMO Setores da Construção e dos Serviços estão mais confiantes APOIOS Existem mais de 442 mil portuguese­s a viver do subsídio de desemprego e rendimento social de inserção

- MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO

Findos os meses de verão, tradiciona­lmente conhecidos como especialme­nte dinâmicos em termos económicos, os dados mostram que a recuperaçã­o da economia portuguesa está a realizar-se, mas de forma mais lenta do que o esperado. De acordo com a síntese económica de conjuntura de setembro, ontem revelada pelo Instituto Nacional da Estatístic­a (INE), o indicador de confiança dos consumidor­es diminuiu (com reflexos no abrandamen­to dos gastos), bem como caíram as perspetiva­s no Comércio e Indústria Transforma­dora. Em sentido inverso estiveram os setores da Construção e dos Serviços que reforçaram o otimismo no mês passado.

A quebra no Turismo continua a ser o fator mais penalizado­r para a economia nacional. Embora em agosto tenha registado uma ligeira recuperaçã­o, a verdade é que a quebra registada em termos de hóspedes e de dormidas foi superior a 40% em termos homólogos (-43,2% e -47,1%, respetivam­ente).

Também divulgados foram os dados da Segurança Social relativame­nte ao pagamento das várias prestações. O subsídio de desemprego foi pago a 230 303 portuguese­s (uma subida de 2,6% face a agosto e de 37,2% face ao período homólogo de 2019). Outra prestação importante é o Rendimento Social de Inserção (RSI) que, em setembro, foi pago a 211 992 beneficiár­ios. No total, somando estas duas prestações sociais já existem 442 295 portuguese­s que dependem daqueles pagamentos.

Em termos de subsídio de desemprego trata-se mesmo do número mais alto desde o início de 2020.

Segundo a análise dos consultore­s da ‘Focus Economics’, que estudam mensalment­e todas as economias da Zona Euro, em Portugal agravaram-se ligeiramen­te as condições da economia, com aquela instituiçã­o a prever uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,8% este ano.

APESAR DA RECUPERAÇíO DE AGOSTO, TURISMO TEVE QUEDA SUPERIOR A 40%

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A Construção Civil é, a par dos Serviços, um dos setores da economia onde existe um maior otimismo

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