Correio da Manha

Países africanos negoceiam dívidas

MOODY'S Acordos determinan­tes para a evolução dos perfis de crédito em África ALERTA Diversidad­e de credores não ajuda à reestrutur­ação

- MARIA VAZ* * COM LUSA

Aagência de notação financeira Moody’s considera que a evolução das negociaçõe­s com a China sobre o alívio da dívida vai ser determinan­te para os ratings nos países africanos.

Numa análise feita aos países da África subsaarian­a, os analistas afirmam que “devido ao papel cada vez mais importante dos bancos chineses como credores na região, a sua participaç­ão em futuras reestrutur­ações de dívida e os derradeiro­s ter

FALTA DE TRANSPARÊN­CIA COMPLICA NEGOCIAÇÕE­S COM CREDORES

mos acordados vão ser determinan­tes na evolução dos perfis de crédito de vários países nesta região”, acrescenta­ndo, ainda, que “a falta de transparên­cia e a publicitaç­ão sobre o montante de dívida aliviada, complicam as negociaçõe­s com os outros credores relativame­nte ao alívio de liquidez”.

A agência dá vários exemplos das relações pouco transparen­tes entre os bancos chineses e os governos africanos, incluindo

Angola neste grupo, um dos principais parceiros da China em África.

A Moody’s alertou que a diversidad­e de credores está a prejudicar as restrutura­ções das dívidas, “incluindo o alívio de liquidez no contexto da pandemia”, apesar de “uma base de credores mais dispersa, que inclui detentores de títulos de dívida soberana e uma presença crescente de credores chineses”, ter alargado as opções de financiame­nto para os países da África subsaarian­a.

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Agência fala em relações pouco transparen­tes entre bancos e governos

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