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Francisco José Viegas
Não houve provavelmente, na literatura ocidental, ninguém que conseguisse estar tão perto de confundir “a vida” com “a obra” – ele próprio achava que havia uma ligação estreita entre elas e, por isso, pode dizer-se que Oscar Wilde foi mais um ator do que um autor apesar de ‘O Retrato de Dorian Gray’ (1891), um romance que nos alegra com o seu cinismo. Mas as frases famosas estão, como não podia deixar de ser, no teatro, ‘O Leque de Lady Windermere’, ‘Uma Mulher sem Importância’, ‘Um Marido Ideal’, ‘A Importância de Ser Amável’ ou ‘Salomé’ (1894), a melhor de todas suas peças, que foi interpretada por Sarah Bernhard. Ator ou autor, Wilde chegou de Dublin para introduzir alguma vida e colorido na sociedade puritana daqueles anos – até ser protagonista do escândalo que o arruinou, o seu relacionamento com o jovem Alfred Douglas. Preso em Reading, escreveu ‘De Profundis’, uma emotiva e poética carta ao namorado – e que acaba por contradizer definitivamente o seu dandismo cínico. Afinal também se sofria por amor. Morre três anos depois, a 30 de Novembro de 1900; passam hoje 120 anos.
É COM ESTA GENTE QUE VAMOS ENFRENTAR O DESAFIO DA VACINAÇÃO ORDEIRA?
OCTÁVIO RIBEIRO
ONTEM, NO CM