Noite do Pinheiro levou a 600 queixas

AJUNTAMENTO Jovens não cumpriram recolher obrigatório à noite PSD Vice-presidente esteve presente na manhã de domingo na praça e afirma que “as pessoas saíram à rua espontaneamente”

APSP de Guimarães recebeu mais de 600 chamadas telefónicas na noite do Pinheiro - a mais festiva noite do arranque das Festas Nicolinas - devido à ruidosa iniciativa do ‘Pinheiro à janela’.

Ontem de madrugada, pelas 05h00, já após a hora do recolher obrigatório, 20 ‘Nicolinos’ deslocaram-se ao Campo da Feira, junto à Igreja dos Santos Passos, para tentarem erguer o pinheiro cortado na véspera, mas a PSP estava em força no local com dezenas de agentes, que criaram um perímetro de segurança para impedir o acesso ao monumento. A pandemia da Covid-19 levou ao cancelamento das celebrações, uma festa que habitualmente conta com 50 mil pessoas.

Também durante a manhã de domingo, houve o ut r o episódio que muitos não viram com bons olhos. Centenas de pessoas juntaram-se no centro de Guimarães, onde é dado o arranque das festividades. Alguns saíram à rua com o tradicional traje e a tocar bombos, o que gerou grande contestação não só em Guimarães, como a nível nacional, já que o concelho do distrito de Braga está entre os concelhos com risco extremamente elevado de contágio.

Um dos presentes nesta praça na manhã de d o mi n g o f o i André Coelho L i ma , v i c e - -presidente do PSD e vereador da Câmara de Guimarães. Contactado pelo CM, André Coelho Lima sublinhou que nada foi combinado e que “as pessoas saíram à rua até ao horário do recolher obrigatório, não para fazer a festa mas para, simbolicamente, recordar a festa que sabiam não poder realizar. Não houve organização, rebeldia ou provocação alguma”, afirmou.

O vice-presidente de Rui Rio, que já foi criticado pela sua presença, garantiu que a máscara foi sempre usada e admitiu “poder não ter cumprido todo o tempo com o distanciamento exigido, mas fi-lo durante 90%, ladeado pelos meus irmãos, filhos e pelo meu pai”. O vereador vimaranense lamentou ainda “a imagem que está a ser passada de Guimarães”.

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