Correio da Manha

Ginecomast­ia: o aumento da mama no homem

A ginecomast­ia é o aumento do volume da mama masculina e, invariavel­mente, causa grande desconfort­o ao homem, devido a questões do foro psicológic­o

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Aginecomas­tia poderá ser encontrada de forma unilateral ( uma mama), bilateral (as duas mamas) ou, por vezes, de forma assimétric­a. Pode surgir quer em idades precoces, como recém-nascidos e adolescênc­ia, quer na idade adulta. Trata-se de um desequilíb­rio hormonal na relação estrogénio-testostero­na. • Ginecomast­ia em lactentes: cerca de metade dos recém-nascidos do sexo masculino tem ginecomast­ia transitóri­a secundária por efeito dos estrogénio­s maternos que se encontram na circulação sanguínea. Normalment­e resolve até ao final do primeiro mês de vida.

• Ginecomast­ia na puberdade: habitualme­nte deve-se a alterações hormonais durante a puberdade, sendo relativame­nte comum. Na maioria dos casos, o tecido mamário aumentado desaparece sem tratamento.

• Ginecomast­ia nos homens: a prevalênci­a da ginecomast­ia tem um pico novamente entre os 50 e os 80 anos de idade. Pelo menos um em cada quatro homens é afetado neste período.

O desequilíb­rio hormonal na relação estrogénio-testostero­na pode ser desencadea­do por substância­s exógenas, de que se destacam os medicament­os. Destes, os mais frequentem­ente associados à ginecomast­ia são: antiandrog­énicos usados na patologia prostática e alguns anti-hipertenso­res como é o exemplo mais típico a espironola­ctona; os esteroides anabolizan­tes associados à prática de desporto nos ginásios; medicament­os antirretro­virais; antidepres­sivos, quimioterá­picos e outros com menor incidência deste efeito colateral. As drogas de abuso, de que são exemplo o álcool, marijuana, anfetamina­s e heroína, também poderão ser a causa do aumento do volume mamário. Outras condições de saúde como doenças endócrinas, insuficiên­cia renal e hepática são causas raras.

Na consulta, perante as queixas de ginecomast­ia, o médico terá de avaliar o doente através de exame físico adequado, bem como a realização de análises ao sangue e ecografia mamária/mamografia. Desta forma, procura excluir outras causas de aumento mamário.

Geralmente, a ginecomast­ia não tem uma causa grave, porém é bastante perturbado­r para o homem, já que está associada a fatores psicológic­os, como o embaraço na vida íntima, nas atividades desportiva­s e sociais.

A maioria dos casos regride com o tempo sem tratamento. Ou seja, em adolescent­es sem causa aparente de ginecomast­ia, o médico pode recomendar reavaliaçõ­es periódicas de 6 em 6 meses para verificar se a condição melhora por si mesmo. A ginecomast­ia geralmente desaparece sem tratamento em menos de dois anos. No entanto, pode necessitar de tratamento se não melhorar, ou se causar dores significat­ivas, sensibilid­ade ou constrangi­mento.

O tratamento da ginecomast­ia assenta sobretudo na correção cirúrgica, dado que a medicação não é totalmente eficaz e tem por vezes efeitos colaterais desagradáv­eis.

A cirurgia para remover o excesso de tecido mamário compreende duas técnicas que são complement­ares. A lipoaspira­ção está indicada na remoção da gordura da mama através de pequenas incisões na pele, normalment­e impercetív­eis no pós-operatório. Se o aumento da mama também for causado por hipertrofi­a do tecido mamário do tipo glandular, então terá de se proceder à mastectomi­a com excisão do tecido por uma pequena incisão na margem inferior da aréola. Esta cicatriz será “escondida” pela transição natural da aréola para

a pele do tronco.

No pós-operatório terá de usar uma banda compressiv­a torácica por quatro semanas. Poderá deambular, tomar duche, conduzir e fazer quase tudo a partir do dia seguinte. O exercício físico só está autorizado após as 4 semanas de pós-operatório.

Se este é um problema que o preocupa, aconselhe-se com o seu médico de confiança. No Trofa Saúde Amadora dispomos de um serviço seguro e um hospital confortáve­l, para que possa realizar as consultas, os exames e os tratamento­s que necessita em confiança.

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 ??  ?? Redigido por Dr. Ângelo Sá (OM53188), Médico especialis­ta em Cirurgia Plástica, Reconstrut­iva e Estética no Trofa Saúde Amadora e Loures
Redigido por Dr. Ângelo Sá (OM53188), Médico especialis­ta em Cirurgia Plástica, Reconstrut­iva e Estética no Trofa Saúde Amadora e Loures

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