PJ SUSPEITA DE CAÇADOR NA MORTE DE PESCADOR
ACIDENTE Cláudio Nascimento, de 32 anos, terá sido vítima de um acidente e homicida pode nem se ter apercebido do crime BUSCAS Corpo foi encontrado submerso no rio por mergulhadores
Ainvestigação da Polícia Judiciária de Vila Real não deixa margem para dúvidas. Cláudio Nascimento, o pescador de 32 anos que morreu alvejado no domingo ao final da tarde, quando pescava no rio Tua, junto à Fraga velha, na freguesia de Valverde da Gestosa, concelho de Mirandela, foi atingido por um tiro perdido.
O disparo foi feito por uma caçadeira e a distância indicia que o tiro foi acidental. Os investigadores procuram agora o caçador, que poderá mesmo nem sequer se ter apercebido do crime. Mesmo assim, deverá ser indiciado por homicídio, seja na forma simples ou negligente.
Cláudio Nascimento saiu para pescar na manhã de domingo. Mas a demora em regressar a casa e o facto de não atender o telemóvel levaram os pais a irem procurá-lo ao local para onde habitualmente se dirigia. O corpo do filho foi recuperado das águas do rio Tua apenas na madrugada de ontem.
A PJ esteve no local e rapidamente percebeu que Cláudio não tinha inimigos. Não haveria qualquer motivo para o homicídio e o facto de ter sido usada uma arma de grande porte, como uma caçadeira, leva as autoridades a admitir que o crime tenha sido cometido por um caçador que procurava javalis. “Gostava que alguém se entregasse, ou dissesse se viu algum caçador ou alguma carrinha por essa serra fora”, apela o pai da vítima, Sérgio Nascimento.
A pesca era uma paixão de Cláudio. Escolhia habitualmente aquele terreno - um local ermo, a poucos quilómetros da aldeia e para onde se dirigiu a pé. O alerta para o desaparecimento foi dado às 19h00 de domingo. Foi encontrado sangue e alguns dos haveres da vítima - a cana de pesca, uma mochila e um chapéu ensanguentado, mas de Cláudio nem sinal. Começaram as buscas dentro de água, com recurso aos mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Mirandela e o corpo acabou por ser recuperado.
ALERTA FOI DADO PELOS PAIS DA VÍTIMA, QUE ESTRANHARAM A DEMORA