Correio da Manha

INQUÉRITO A PROFESSORE­S REVELA QUE 23% TÊM MEDO E 67% ESTÃO PREOCUPADO­S COM POSSÍVEL INFEÇÃO.

FENPROF Inquérito a 5218 docentes revela que 23% têm medo e 67% estão preocupado­s com possibilid­ade de ser infetados SURTOS Sindicato aponta casos em 983 escolas, Governo só em 94

- BERNARDO ESTEVES

Apenas 10 por cento dos professore­s afirmam sentir-se seguros nas escolas, enquanto 23% dizem ter medo e 67% estão preocupado­s com a possibilid­ade de ser infetados com o novo coronavíru­s. A consulta online a 5218 docentes realizada pela Federação Nacional de Professore­s (Fenprof) revela que 90% dos docentes se sentem inseguros. Segundo a estrutura sindical, isto deve-se à “insuficiên­cia das medidas de prevenção e segurança sanitária”.

Mais de oito em cada dez docentes (83,7%) confirmam que o número de alunos por turma se manteve inalterado, enquanto 10,2% até dizem que aumentou e só 6% afirmam que diminuiu.

A falta de assistente­s operaciona­is é outro problema apontado. Para 64,3% dos docentes o número de auxiliares é idêntico ao ano letivo passado, 18,5% apontaram mesmo uma redução, enquanto 17% afirmam que o número aumentou. “As direções das escolas tentam criar as condições, mas não podem reduzir turmas ou contratar mais pessoal auxiliar. Além disso, não são feitos rastreios”, disse ao CM Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. A estrutura sindical reitera acusações de que o Ministério da Educação está a ocultar a real situação nas escolas. “É difícil acreditar que só existam surtos em 68 ou 94 casos (últimos dados oficiais divulgados)”, acusa a Fenprof, que no seu site contabiliz­a quase mil escolas (983) com casos de Covid-19. A falta de medidas anti-Covid é um dos motivos para a Fenprof ter avançado para uma greve no dia 11.

DOCENTES APONTAM FALTA DE MEDIDAS PARA TRAVAR CONTÁGIO

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Consulta da Fenprof teve em conta respostas de docentes de todos os distritos e níveis de ensino, a grande maioria deles (78%) sindicaliz­ados

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