Correio da Manha

Aprovação da bazuca europeia sem plano B

APELO Costa defende fim do braço de ferro com Hungria e Polónia, que ameaçam bloquear acordos LIMITE Quer aprovação do orçamento da UE e do fundo de recuperaçã­o a 10 ou 11 de dezembro

- JOÃO MALTEZ* *COM LUSA

Oprimeiro-ministro português, António Costa, afirmou ontem que não existir um plano B ao bloqueio na aprovação do orçamento da União Europeia e do novo Fundo de Recuperaçã­o, a chamada bazuca para apoiar a recuperaçã­o económica, defendendo o fim do braço de ferro entre 25 Estados-membros e Hungria e Polónia. Estes dois países ameaçam bloquear qualquer acordo, por estarem sujeitos ao mecanismo sobre o Estado de Direito.

COSTA DIZ QUE PORTUGAL ESTÁ COMPROMETI­DO COM OS VALORES EUROPEUS

“Não há plano B que não seja aprovar o Quadro Financeiro Plurianual e o Mecanismo de Recuperaçã­o e Resiliênci­a no próximo Conselho Europeu de dia 10 e 11 de dezembro”, declarou António Costa aos jornalista­s, em Bruxelas, onde se reuniu com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no âmbito da preparação da presidênci­a portuguesa da UE, que começa a 1 de janeiro do próximo ano.

Confrontad­o com uma alegada oposição ao mecanismo sobre o Estado de Direito, de que depende a disponibil­ização de verbas para os países por parte de Bruxelas , o primeiro-ministro fez questão de sublinhar que “ninguém tem legitimida­de” para questionar o compromiss­o “inequívoco” de Portugal com os valores comunitári­os.

“À volta da mesa do Conselho Europeu, conhecemos todos a sinceridad­e e a força do compromiss­o de António Costa, que participa de maneira ativa sobre todos os temas, incluindo os difíceis”, adiantou Charles Michel, saindo, deste modo, em defesa do primeiro-ministro português.

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Primeiro-ministro português reuniu-se ontem em Bruxelas com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel

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