HOMICIDA JOGOU FUTEBOL NO LIVERPOOL
ARGUIDO Bacari Djau, 17 anos, alinhou na formação do campeão inglês
Bacari Djau, de 17 anos - um dos três jovens luso-guineenses que estão a ser julgados no Campus de Justiça, em Lisboa, pelo assalto que levou ao homicídio de Pedro Fonseca, de 24 -, jogou nas equipas de formação do Liverpool, campeão inglês de futebol. O arguido, atualmente em prisão preventiva na cadeia de Leiria, esteve ainda próximo de entrar na academia do Manchester United.
A revelação foi feita em tribunal por Serifo Djau, pai do jovem. O imigrante guineense, armador de ferro de profissão, recordou que Bacari começou a jogar futebol no Real Massamá, no concelho de Sintra. Em 2014, com 11 anos, o jovem acompanhou o pai quando este arranjou emprego em Inglaterra. Em paralelo aos estudos, jogou em diversas equipas. Falando em fula, dialeto guineense que foi traduzido para os juízes, a testemunha sublinhou o talento do filho. “Começou como médio, e depois passou para defesa central. Chegámos a ir fazer testes à academia do Manchester United, mas por causa da língua ele não ficou”, explicou Serifo Djau. Bacari Djau acabaria ser admitido no Liverpool e, ainda segundo o pai, assinou mesmo contrato profissional com o clube. Serifo Djau decidiu regressar a Portugal no ano passado e o filho “ainda tentou, sem sucesso, voltar a jogar futebol”. O jovem, a par de Serifo Baldé Tcherno Amadu, de 17 e 20 anos, responde pela morte do filho de um ex-inspetor da PJ, que assaltaram com recurso a uma faca, no Campo Grande, a 28 de dezembro de 2019.
TRIO RESPONDE POR HOMICÍDIO DE JOVEM DURANTE ASSALTO