Correio da Manha

HOMICIDA ALCOOLIZAD­O CONFESSA CRIME

Augusto, 26 anos, foi assassinad­o e atirado a um poço em Estarreja

- NELSON RODRIGUES/ PAULO J. DUARTE

Foi após ingerir várias bebidas alcoólicas que o homicida, de 35 anos, ligou a alguns amigos e disse que precisava desabafar. Durante a conversa acabou por lhes confessar que tinha assassinad­o Augusto Pereira, de 26 anos - o jovem que sofria de uma ligeira anomalia psíquica e que estava desapareci­do desde terça-feira, em Válega, Ovar. Um dos amigos denunciou o crime à GNR, que passou a seguir o suspeito. Confrontad­o, acabou por confirmar onde tinha abandonado o corpo, num poço isolado em Pardilhó, em Estarreja. Foi detido pela Polícia Judiciária.

Os contornos do crime ainda não são totalmente claros. A última vez que foi visto, Augusto estava a escrever no telemóvel - ao que tudo indica no Facebook. Foi através dessa rede social, na qual tem várias contas, que terá marcado um encontro com o homicida, trabalhado­r na construção civil. Deixou o local, junto ao campo de futebol de Válega, numa bicicleta, e não mais foi visto. “Ele estava na internet, a mexer no telemóvel, e disse-me que já ia para casa, mas não apareceu. Ficámos logo muito preocupado­s. A bicicleta também tinha desapareci­do”, disse ao CM o cunhado da vítima. O que se passou a seguir é agora uma incógnita, mas, ao que tudo indica, os dois homens discutiram de forma violenta e Augusto foi atirado ao poço. A autópsia permitirá agora esclarecer se morreu já na água, por afogamento, ou se já não tinha sinais vitais quando foi atirado.

Residente em Pardilhó, o homicida conhecia os principais esconderij­os da freguesia, e decidiu atirar o cadáver de Augusto a um poço - numa zona praticamen­te sem movimentaç­ões de pessoas.

VÍTIMA TINHA ANOMALIA PSÍQUICA. MARCOU ENCONTRO NA INTERNET

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ?? Caminho de acesso ao poço
Caminho de acesso ao poço

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal