MP PEDE MAIS DE 20 ANOS PARA EX-NAMORADAS ASSASSINAS
AGIRAM EM COAUTORIA NA MORTE BRUTAL DE DIOGO
OMinistério Público (MP) entende que a segurança Maria Malveiro, de 21 anos, e a enfermeira Mariana Fonseca, de 24, tiveram igual participação no homicídio e desmembramento do cadáver de Diogo Gonçalves, de 20, e pediu ontem, no Tribunal de Portimão, que sejam ambas condenadas a uma pena de prisão “superior a 20 anos”. O homicídio ocorreu em Algoz, Silves, em março do ano passado.
O MP entende que as ex-namoradas, presas em Tires, atuaram em coautoria. “Não vislumbro grandes diferenças entre a atuação das duas arguidas”, sustentou, adiantando que a pena, em cúmulo jurídico, “se deverá aproximar da máxima”, de 25 anos. Já a advogada da família de Diogo exigiu a “pena máxima” para um crime “que não tem perdão”.
Quanto à defesa de Maria, invocou o princípio ‘in dubio pro reo’ (na dúvida absolve-se o réu) para pedir a libert a ç ã o da a r - guida. Tânia Reis destacou as versões “contraditórias” das arguidas no julgamento e frisou que “ficaram por fazer muitas diligências de investigação”. Posição semelhante adotou o advogado de Mariana, João Grade dos Santos, que considerou que as confissões das arguidas “não bastam” para as condenar. “Não há prova, a investigação foi insuficiente”, disse, tendo pedido a absolvição.
Maria optou ontem por se manter em silêncio. Mas Mariana falou. Disse que “não conhecia Diogo e que ninguém merece o que lhe aconteceu”. “Não peço que acreditem em mim, mas pelo menos ponham em dúvida a acusação. Tive ações imorais mas não matei nem desejei matar e nunca quis apropriar-me de nada. Nunca vi na agressão e na violência meios para se obter o que se deseja”, frisou. Mariana referiu ainda que foi ensinada a “trabalhar” para ter o que quer e garantiu que nunca quis o dinheiro de Diogo, o qual provinha “da morte da mãe” deste.
MARIANA DISSE ONTEM QUE TEVE AÇÕES IMORAIS MAS NUNCA MATOU