PJ TRAVA LAVAGEM DE 24 MILHÕES DE EUROS
OPERAÇÃO Dinheiro com origem em paraísos fiscais transferido para contas de empresas nacionais ALERTA Montante apreendido seria usado para aquisição de bens e ativos legítimos
Uma sucessão de transferências de dinheiro de empresas com sede em paraísos fiscais para as contas de firmas portuguesas nas últimas semanas fez soar os alarmes. Em menos de um mês foram detetados 24 milhões de euros de origem suspeita, que seriam lavados em Portugal. Uma operação da Polícia Judiciária, acompanhada pelo juiz Ivo Rosa, levou ontem à apreensão do montante e à constituição de seis arguidos por crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
JUIZ IVO ROSA PRESENTE NAS BUSCAS QUE FIZERAM SEIS ARGUIDOS
Segundo o CM apurou, os arguidos são responsáveis por empresas de consultadoria e gestão de fundos ou advogados, todos portugueses, que participavam no esquema.
A investigação ainda está no início, mas não há dúvidas de que se trata de uma operação de branqueamento de capitais que usou as contas de empresas offshore em bancos nacionais. Por determinar está o crime inicial , mas é certo que a origem dos 24 milhões é ilícita.
De acordo com o jornal ‘Expresso’, que cita fontes da PJ, Portugal serviu para a circulação e também para a integração dos 24 milhões porque o dinheiro iria servir para aquisição de bens ou ativos perfeitamente legítimos.
Em comunicado, a PJ afirma que “a investigação prossegue, no sentido de determinar, com rigor, todas as condutas criminosas e o respetivo alcance”. Esta investigação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e partiu de um alerta das Unidades de Informação Financeira das entidades bancárias.