Ex-gestor quer comprar empresa por 5 milhões
LEILÃO Paulo Neto Leite é um dos finalistas na aquisição das ações dadas sob penhor ao Montepio SOLUÇÃO Antigo dirigente disponível para avançar com o negócio sem renovar contrato com a TAP
Oex-gestor da Groundforce, Paulo Neto Leite, está disponível para comprar a empresa de handling por cinco milhões de euros num leilão do Montepio, prescindindo da renovação do contrato com a TAP que termina em janeiro de 2022, sabe o CM. Esta última condição pode ser fundamental para desbloquear o negócio, uma vez que Alfredo Casimiro, patrão da Groundforce – cuja greve neste fim-de-semana levou o caos ao aerporto de Lisboa –, tem exigido à companhia aérea o prolongamento do contrato de prestação de serviços de assistência em terra ao transporte aéreo por mais cinco anos para avançar com venda da empresa à Swissport, requisito já afastado pela TAP, sabe o CM.
O objetivo do gestor, afastado da empresa de handling pelo dono da Groundforce, é ir ao encontro das preocupações do Governo e da TAP e renegociar o contrato nos termos que possam servir ambas as partes.
Paulo Neto Leite é um dos quatro finalistas selecionados pelo Montepio para o leilão dos 50,1% da Groundforce que o banco detém sob penhor. Segundo o caderno de encargos da instituição bancária, a compra das ações de Casimiro está livre de qualquer ónus, pelo que a dívida de 10 milhões de euros de Alfredo Casimiro não será suportada pelo vencedor do leilão. No passado dia 15, o banco já deveria ter comunicado o vencedor, mas o processo de insolvência da Groundforce, movido pela TAP, está a atrasar a decisão.
Neste momento, decorre o julgamento no Juízo do Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Segundo os autos consultados pelo CM, a dívida da empresa de handling atingiu os 16,4 mi l mi l h õ e s de euros a 30 de junho. Entre os 10 maiores credores, estão, à cabeça, a ANA - Aeroportos de Portugal a quem a Groundforce deve mais de 12 milhões de euros e a TAP, com créditos que superam os cinco milhões de euros.
DÍVIDA DA EMPRESA DE HANDLING ATINGIU OS 16,4 MIL MILHÕES