Correio da Manha

TÓQUIO AQUÉM DO ESPERADO

BALANÇO Prestação dos atletas portuguese­s salda-se em dois bronzes

- FRANCISCO LARANJEIRA

Saímos satisfeito­s, conseguimo­s duas medalhas, 23 diplomas e oito recordes nacionais. São resultados de relevo”, afirmou Leila Marques, chefe da Missão Portuguesa aos Jogos Paralímpic­os de Tóquio 2020, que ontem terminaram. “Os bons resultados obtidos por atletas estreantes permitem olhar com esperança para o futuro”, explicou a antiga nadadora, destacando o facto de entre os 33 atletas, 17 serem estreantes.

Esta, contudo, foi a edição menos medalhada de sempre de Portugal, que conseguiu duas medalhas, ambas de bronze: no lançamento do peso F40, por Miguel Monteiro, e nos 200 metros VL2, conseguida pelo canoísta Norberto Mourão. Resultados aquém das quatro medalhas acordadas no contrato-programa celebrado com o Governo. “Foram uns Jogos supercompe­titivos, houve provas nas quais o recorde do Mundo caiu várias vezes”, rematou Leila Marques, reforçando: “Os Jogos foram muito difíceis de preparar. Falamos de outro continente e de uma cultura muito particular. A questão da pandemia criou novos obstáculos, foi preciso planear quase dia a dia e fazer alterações de última hora.”

Apesar dos resultados, o otimismo mantém-se. “Temos sinais muito positivos do Governo e há uma intenção clara de continuar a trabalhar na equidade e apoiar o desporto paralímpic­o”, r e f e r i u Lei l a Marques. O contrato-programa para este ciclo, no valor de 6,1 milhões de euros, estabelece­u que as bolsas e o valor dos prémios atribuídos aos atletas paralímpic­os foi equiparado ao dos atletas olímpicos.

CONTRATO-PROGRAMA FOI EQUIPARADO COM O DOS ATLETAS OLÍMPICOS

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Norberto Mourão foi o porta-estandarte da representa­ção portuguesa na cerimónia de encerramen­to

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