Terroristas no poder causam preocupação
RECEIO EUA e União Europeia condenam governo que inclui antigos presos de Guantánamo e um terrorista procurado pelo FBI. Destacam igualmente a falta de diversidade no novo executivo afegão
Os EUA e a União Europeia reagiram ao governo afegão acusando os talibãs de “promessas incumpridas”. É que o executivo interino exclui mulheres e outros grupos, integrando só talibãs de linha dura e todos de etnia pashtun, a maioritária no país. Acresce que entre entre eles há um procurado pelo FBI e quatro antigos presos de Guantánamo, libertados em 2014 por Barack Obama em troca do sargento Bowe Bergdahl, detido pelos talibãs em 2009.
“Esta não é a formação inclusiva em termos de diversidade étnica e religiosa que os talibãs prometeram”, frisou Peter Stano, porta-voz da UE.
GOVERNO TALIBÃ EXCLUI MULHERES E MEMBROS DE OUTRAS ETNIAS E FAÇÕES
Os EUA reiteraram que o território afegão “não pode voltar a ser usado para ameaçar outros países”. A preocupação é reforçada pelo facto de Abdul Haq Wasiq, um dos libertados por Obama, retomar o cargo de vice-ministro da espionagem, que ocupou antes do 11 de Setembro, quando tinha laços com a Al-Qaeda. Os outros ex-detidos são Khairullah Khairkhwa, Norullah Noori e Mohammad Fazl. Este último tinha relações próximas com Abdel Hadi Iraqi, lugar-tenente de Osama bin Laden, e volta a ser vice-ministro da Defesa.
Outra preocupação é o minist r o d o I nt e r i o r , S i r a j u d d i n Haqqani. Líder da ‘rede Haqqani’, está na lista de terroristas do FBI, que oferece 10 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.