PIOR DECISÃO EM CAMPO A VANTAGEM DO BENFICA DEVE-SE AO CALENDÁRIO MAIS FAVORÁVEL?
V. Guimarães-Benfica (Luís Godinho). Critério técnico demasiado permissivo levou a cometer erros para os dois lados. A vantagem do Benfica deve-se a três ordens de razão: um plantel riquíssimo composto por inúmeros internacionais portadores de enorme qualidade individual, um calendário relativamente acessível nas primeiras jornadas e, fundamentalmente, alguma felicidade em momentos de menos fulgor coletivo. Vale a pena recordar que FC Porto e Sporting já jogaram entre si, num empate injusto para os leões. De todo o modo, o calendário é uma falsa questão, pois todos jogarão contra todos e, cumulativamente, os três grandes disputam as mesmas competições domésticas e internacionais. No fim, faremos as contas. Não explica tudo, mas é um dos fatores mais importantes. A verdade é que o Benfica se tem apresentado forte, tendo um ritmo competitivo adiantado, fruto da preparação antecipada que teve de fazer para abordar as pré-eliminatórias da Champions. Simultaneamente, quando apresentou alguma debilidade, teve a ‘sorte’ de as equipas de arbitragem se terem enganado em momentos cruciais, particularmente frente ao Santa Clara e ao Boavista. No entanto, estes fatores têm tendência a desaparecer e o campeonato é uma maratona, e não um sprint. Já diz o povo que o primeiro milho é para os pardais. O Benfica não teve um calendário que se possa considerar mais favorável do que o dos seus competidores a nível nacional. Aliás, teve um calendário mais hostil porque foi forçado a fazer em agosto quatro jogos de dificuldade média-alta a nível internacional – o Spartak de Moscovo e o PSV Eindhoven não são equipas do fundo da tabela independentemente da tabela a que nos estejamos a referir – o que lhe ocupou os meios da semana enquanto FC Porto e Sporting os aproveitavam para treinar e descansar à espera de ver o Benfica chutado para a Liga Europa, o que não aconteceu. Paciência.