Correio da Manha

Dispara zagalote contra ex-mulher

ACUSADO Atacou para matar ao saber que ela já tinha novo namorado

- FRANCISCO MANUEL

Ocinco tiros de zagalote na porta de casa da sogra de Justino Samorinha, em Vila Flor, fizeram temer o pior. A sua ex-mulher estava atrás da porta e por centímetro­s não foi atingida pelos projéteis que atravessar­am a porta, perfuraram a parede da sala e ficaram cravados na cozinha. Os vizinhos aterroriza­dos chamaram a GNR receando uma chacina e a patrulha evitou o pior. Na casa estavam, além da ‘ex’, o novo namorado desta, bem como a mãe dela. Justino, de 67 anos, foi detido e aguarda julgamento em prisão preventiva.

O caso remonta a 12 de dezembro de 2020. Mas o terror da mulher começou em 2013, três anos depois do casamento com o mineiro reformado. Segundo a acusação do Ministério Público a que o CM teve acesso, há muito que Justino agredia a mulher 15 anos mais nova. Chegou a ameaçá-la com uma faca. Não fosse a intervençã­o do cunhado, tinha-a matado. Acusava-a de não cuidar da casa. Em agosto do ano passado, a vítima, que dependia dele economicam­ente, anunciou que o ia deixar. “Se fores embora, corto-te o pescoço”, ameaçou o reformado.

Justino não parou de a perseguir e ameaçar e quando soube que ela já tinha um outro homem, j u r o u matar o s d o i s . Comprou a caçadeira para matar javalis e um revólver por 500 euros.

O casal assinou o divórcio amigável em setembro deste ano. Apesar disso, a partir da cadeia de Bragança, Justino continua a escrever-lhe pedindo para ela voltar. O namorado dela acabou com a relação por medo de ser assassinad­o.

NA CADEIA AINDA LHE ESCREVE A PEDIR PARA ELA VOLTAR PARA ELE

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