‘Noiva Branca’ morta à espera dos filhos
INVESTIGAÇÃO Família diz que Rita Magni, 30 anos, foi paga para ‘casamento por conveniência’ com paquistanês DETIDOS Dois portugueses presos por suspeito de atropelamento intencional
Apolícia de Sheffield, Inglaterra, está a investigar a morte de uma portuguesa de 30 anos, atropelada - tudo indiciando que intencionalmente - por um carro quando esperava os dois filhos numa paragem de autocarro, naquela cidade. Rita Alexandra Magni terá ido para Inglaterra, segundo a família, paga para um ‘casamento por conveniência’ que legalizou um imigrante paquistanês, pai dos dois filhos de 8 e 5 anos. Dois portugueses foram detidos pelo atropelamento.
“Nunca soubemos quanto ela recebeu. Mas sabemos que foi
VÍTIMA COLHIDA EM PARAGEM DE AUTOCARRO JUNTO A UMA ESCOLA
dessas redes de casamentos ilegais [conhecidas como das ‘Noivas Brancas’]. Ela estava há 10 anos em Inglaterra e trabalhava numa hamburgueria”, explicou ao CM Maria Elizabete Magni, prima de Rita.
A morte ocorreu “entre as 14h30 e as 15h00 de segunda-feira”. Segundo a polícia de Sheffield, ocorreu uma colisão entre dois carros junto à paragem onde estava Rita Magni. Depois, um dos condutores arrancou com o veículo e investiu, aparentemente de propósito, contra a portuguesa. A mulher ainda foi levada a um hospital, mas morreu. Ao volante do carro que a atropelou estava um português, de 21 anos, que terá tentado iniciar uma relação amorosa com Rita, que esta recusou. O condutor e outro português, da mesma idade, foram detidos para interrogatório. A polícia fez um apelo ao público por mais informações.
Elisabete Magni disse ao CM que a familiar tinha bilhete comprado para regressar a Portugal entre ontem e sexta-feira. “Ia trazer os filhos” para fugir à violência doméstica, disse.