Correio da Manha

‘Noiva Branca’ morta à espera dos filhos

INVESTIGAÇ­ÃO Família diz que Rita Magni, 30 anos, foi paga para ‘casamento por conveniênc­ia’ com paquistanê­s DETIDOS Dois portuguese­s presos por suspeito de atropelame­nto intenciona­l

- MIGUEL CURADO

Apolícia de Sheffield, Inglaterra, está a investigar a morte de uma portuguesa de 30 anos, atropelada - tudo indiciando que intenciona­lmente - por um carro quando esperava os dois filhos numa paragem de autocarro, naquela cidade. Rita Alexandra Magni terá ido para Inglaterra, segundo a família, paga para um ‘casamento por conveniênc­ia’ que legalizou um imigrante paquistanê­s, pai dos dois filhos de 8 e 5 anos. Dois portuguese­s foram detidos pelo atropelame­nto.

“Nunca soubemos quanto ela recebeu. Mas sabemos que foi

VÍTIMA COLHIDA EM PARAGEM DE AUTOCARRO JUNTO A UMA ESCOLA

dessas redes de casamentos ilegais [conhecidas como das ‘Noivas Brancas’]. Ela estava há 10 anos em Inglaterra e trabalhava numa hamburguer­ia”, explicou ao CM Maria Elizabete Magni, prima de Rita.

A morte ocorreu “entre as 14h30 e as 15h00 de segunda-feira”. Segundo a polícia de Sheffield, ocorreu uma colisão entre dois carros junto à paragem onde estava Rita Magni. Depois, um dos condutores arrancou com o veículo e investiu, aparenteme­nte de propósito, contra a portuguesa. A mulher ainda foi levada a um hospital, mas morreu. Ao volante do carro que a atropelou estava um português, de 21 anos, que terá tentado iniciar uma relação amorosa com Rita, que esta recusou. O condutor e outro português, da mesma idade, foram detidos para interrogat­ório. A polícia fez um apelo ao público por mais informaçõe­s.

Elisabete Magni disse ao CM que a familiar tinha bilhete comprado para regressar a Portugal entre ontem e sexta-feira. “Ia trazer os filhos” para fugir à violência doméstica, disse.

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