Correio da Manha

Guardas proibidos de usar bastões

DECISÃO Lei afirma que Guarda Prisional não é uma força de segurança

- MIGUEL CURADO

ADireção-Nacional da PSP recusou pelo menos três pedidos|de autorizaçã­o feitos por guardas prisionais para o uso de bastão extensível durante o trabalho. A justificaç­ão é que o Corpo da Guarda Prisional não é uma força de segurança, as únicas a quem é permitido o uso desse instrument­o.

O CM teve acesso a um dos despachos de indeferime­nto, assinado pelo diretor nacional adjunto superinten­dente-chefe Azevedo Ramos. O responsáve­l invocou as alterações introduzid­as à lei das armas, em 2019, para sublinhar a ideia de que os bastões extensívei­s “são exclusivos das forças e serviços de segurança”. Por isso, defende o nº 2 da PSP, “o requerente da autorizaçã­o” para uso do bastão extensível “tem de ser elemento de força ou serviço de segurança o que, de acordo com a atual Lei de Segurança Interna, não acontece com o Corpo da Guarda Prisional”. O CM sabe que o regulament­o da Direção-Geral das Prisões permite o uso de bastões extensívei­s como meio de contenção de distúrbios, mas não como instrument­o de defesa

PSP

impede guardas prisionais de usarem bastões extensívei­s, alegando que não pertencem a força de segurança entregue aos guardas. Carlos Sousa, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP), disse ao CM que “o estatuto da Guarda Prisional menciona que a mesma é uma força de segurança”. “Por isso, o S NGP j á e n - viou exposições escritas ao diretor nacional da PSP e diretor-geral dos Serviços Prisionais a pedir a explicitaç­ão dos indeferime­ntos”, concluiu Carlos Sousa.

O CM pediu uma reação à PSP, mas a mesma não chegou até ao início da noite de ontem.

EM CAUSA OS BASTÕES EXTENSÍVEI­S QUE A PSP NÃO ESTÁ A AUTORIZAR

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